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Pesquisa inédita mostra difusão de metade das notícias falsas no WhatsApp em grupos de família

Postado por: Equipe

Você tem um tio que fica mandando notícias falsas no grupo de família?
Você não está só.
Metade dos boatos que circularam no WhatsApp sobre a vereadora carioca assassinada no mês passado, Marielle Franco (PSOL), foi em grupos de família.

O dado é resultado de uma pesquisa inédita feita pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital, da USP (Universidade de São Paulo), com respostas de 2.520 pessoas a um questionário online elaborado pelo grupo.

Após limpar os dados e restringi-los aos boatos mais disseminados, segundo os resultados, os pesquisadores reuniram 1.145 respostas de pessoas que disseram ter recebido variações de textos dizendo que Marielle era ex-mulher do traficante Marcinho VP e que havia engravidado dele aos 16 anos, ou, em menor quantidade, uma foto que supostamente mostrava Marielle sentada no colo de Marcinho VP (não eram ela nem ele na imagem).

Os boatos sobre Marielle começaram a ser espalhados pelo WhatsApp na mesma noite em que ela foi assassinada.
Nos dias seguintes, foram parar no Twitter e no Facebook.

O WhatsApp, aplicativo de mensagens por celular extremamente disseminado no Brasil, é visto como uma das redes mais propícias para a difusão de notícias falsas.
Como é um aplicativo de mensagens privadas e não tem caráter público, é difícil rastrear as “fake news” espalhadas ali e avaliar seu alcance, o que preocupa pesquisadores, especialmente considerando como isso poderá ocorrer nas eleições brasileiras em 2018.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua de 2016, do IBGE, mostram que a atividade mais popular entre os brasileiros, ao usar a internet, é trocar mensagens por meio de aplicativos – 94,5% dos brasileiros responderam que usam a internet para fazer isso.

Segundo a pesquisa da USP, o boato dominante no caso de Marielle foram variações de um texto ligando a vereadora a Marcinho VP.
Foi recebido por 916 pessoas que responderam ao questionário.
Dessas pessoas, 51% responderam ter recebido o texto em grupos de família no WhatsApp; 32%, em grupos de amigos; 9% em grupos de colegas de trabalho e 9% em grupos ou mensagens diretas.

A imagem que mostraria Marielle no colo de Marcinho VP foi recebida por 229 pessoas que responderam ao questionário – 41% delas disseram ter recebido a foto em grupos de família.

Pablo Ortellado, professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP) e autor do estudo ao lado do pesquisador Márcio Ribeiro, ressalta que, apesar dos dados, não se sabe a distribuição dos tipos de grupos no WhatsApp pela população.

“Pode ser apenas que existam mais grupos de família do que grupos de amigos ou de colegas de trabalho e os boatos tenham circulado igualmente em todos eles, mas, como há mais grupos de famílias, nosso estudo tenha apenas captado essa distribuição dos grupos”, explica.

“Agora, caso, de fato, os boatos tenham circulado mais nos grupos de família do que nos outros grupos, temos um dado interessante.
Pode ser que grupos de família sejam ambientes mais ‘íntimos’ que permitam compartilhar seguramente conteúdos mais especulativos sem que quem compartilhe seja alvo de julgamento.”

Às 10h do dia seguinte ao assassinato de Marielle, a estudante Rayene Sampaio, de 22 anos, de Barra do Garças (MT), recebeu a notícia falsa, em texto, de um primo de 15 anos no grupo da família. Naquela noite, às 22:44, o estudante Gabriel dos Santos, de 20 anos, de Goiânia, recebia o boato de uma prima -“que deve ter uns 40 anos”- em um grupo de família que tem 17 pessoas.
“Teve gente no grupo que acreditou”, diz ele.

A analista financeira Simone Oliveira, de 41 anos, define seu grupo de família como um que é “dividido ideologicamente”.
Ela conta ter recebido a suposta foto de Marielle às 19:46 do dia 16 – um dia após o assassinato da vereadora.
Quem enviou a notícia falsa, diz ela, foi seu sogro, que tem 65 anos e que depois foi “corrigido” por ela.
Mas notícias falsas são comuns no grupo, diz.

A pesquisa online feita pela USP perguntava qual boato foi recebido, dia e horário exatos, onde o boato foi recebido e dados do usuário, como gênero, idade, cidade e nível de estudo.
O formulário foi divulgada nas páginas de Marielle Franco no Facebook e na página Quebrando o Tabu – a página, uma das maiores brasileiras no Facebook, tem 8,6 milhões de curtidas e publicações mais alinhadas com a esquerda.
Os dados demográficos da pesquisa, portanto, podem acabar refletindo os da página, explicam os pesquisadores.
A maioria das respostas vieram de mulheres com pouco mais de 20 anos.

Boato mais disseminado em texto

Outros boatos disseminados, mas que não chegaram a ter representatividade como os citados acima, foram um vídeo que mostrava supostos assaltantes de bermuda e chinelo, ligando-os ao tráfico, e uma sequência de arquivos de áudio relatando que o crime havia sido obra do Comando Vermelho.

Essa foi outra descoberta do estudo: a forma mais disseminada dos boatos foi também a mais simples, ou seja, em texto, e não vídeo, fotos ou áudios.
“Embora as formas que traziam supostas evidências, como vídeos ou fotos, pudessem parecer mais ‘persuasivas’, foi a forma menos amparada em evidências a que teve maior alcance”, diz Ortellado.
“Isso está de acordo com os estudos sobre viés de confirmação, isto é, nossa pouca capacidade de receber criticamente informações que referendam ou confirmam nossas crenças.
Menos importante do que dar evidências que amparam o boato é fazer com que ele esteja de acordo com as nossas crenças: no caso, o preconceito de que pessoas da favela tem vínculos com o tráfico.”

As respostas da pesquisa mostram que os boatos tiveram início no dia 15, de forma mais tímida, e explodiram no dia 18, crescendo em quantidade até o dia 25.
Entre os dias 15 e 17, o crescimento foi pequeno.
“A difusão dos boatos no WhatsApp parece um tanto mais lento do que nas mídias sociais, já que ele precisa passar por grupos de tamanho muito limitado”, sugere Ortellado.

“Foram necessários três ou quatro dias para o boato estar amplamente difundido e, no primeiro dia, o alcance foi bem pequeno.
É bem diferente da dinâmica que vemos no Facebook onde a difusão se dá por uma espécie de explosão inicial e está plenamente difundido em pouco mais de 48 horas.”

O primeiro registro de notícia falsa distribuído no WhatsApp a que a BBC Brasil teve acesso foi em um grupo de colegas a que pertence o funcionário público Bruno Perez, que mora no Rio.
Ele recebeu um boato às 23h27 da noite do assassinato de Marielle Franco.
Ela foi assassinada por volta das 21h30 e as primeiras notícias sobre sua morte começaram a ser publicadas por volta das 22h10.

Perez recebeu o vídeo que mostrava supostos assaltantes de bermuda e chinelo, que depois circulou associando os rapazes que apareciam ali como ligados ao Comando Vermelho.
O boato que recebeu foi apenas o vídeo, sem texto, e quem enviou disse que aquele seria o momento “do roubo”.

Uma mulher que não quis ser identificada na reportagem conta como recebeu o boato pela primeira vez às 9h09 do dia seguinte ao assassinato.
A notícia falsa foi divulgada em um grupo de informações das cidades de Niterói, São Gonçalo, Maricá e Rio chamado “Niteroi-SG-Maricá-RJ News”, onde há 38 participantes.
A BBC Brasil tentou contato com algumas das pessoas no grupo que reproduziram os boatos, mas os integrantes do grupo não quiseram dar entrevista.

Boatos sobre sequestro no WhatsApp em tempo real

Para pesquisar as características da difusão de boatos sobre a Marielle no WhatsApp, os pesquisadores brasileiros da USP se inspiraram em um estudo de um pesquisador israelense.

Em 2014, três adolescentes foram sequestrados perto de um assentamento israelense na Cisjordânia.
Para não atrapalhar as investigações, o assunto não foi abordado por nenhum veículo da imprensa. Rumores, então, começaram a circular no WhatsApp.

No momento em que os rumores começaram a circular, o pesquisador Tomer Simon, especialista em comunicação em situações de crise do Departamento de Gestão de Desastres e Prevenção de Danos da Universidade de Tel Aviv, publicou em suas redes: “Quem recebeu boatos por WhatsApp?”

A partir daí, ele iniciou uma caça aos boatos, estudando sua propagação em tempo real.
Para cada pessoa que havia recebido uma corrente, perguntava de quem havia recebido a mensagem antes, com o objetivo de chegar à origem e verificar se o texto foi encaminhado a outras pessoas.

Em seu experimento, no contexto de total silêncio da imprensa no país, Simon identificou 13 diferentes notícias ou rumores circulando pelo WhatsApp, dos quais 9 eram verdadeiros, ou seja, cumpriram o papel de informar durante aquele vácuo de informação.
As outras quatro que não eram verdadeiras, diz ele, tinham 70% de “conteúdos verdadeiros”.

“Isso é algo que se deve levar em conta: as notícias falsas se aproveitam de elementos verdadeiros para enganar as pessoas.
Se um elemento é verdadeiro, ele pode validar o resto, conectando com as crenças e valores de quem lê a notícia.
O elemento falso preenche um buraco, costurado a informações verdadeiras.”

Com seu experimento, Simon conseguiu encontrar três fontes diferentes dos boatos que circularam na rede: duas das fontes eram jornalistas e um era amigo da família de um dos garotos sequestrados.
Nem todos os boatos eram falsos.

Mas o WhatsApp, diz ele, é a rede “perfeita” para começar a disseminação de notícias falsas porque é considerado muito mais confiável.
“Você recebe informações no WhatsApp de pessoas em que costuma confiar mais”, afirma.

Ele também cita a chamada “Basking in reflected glory” (algo como regojizar por meio da glória alheia), um conceito da psicologia social segundo o qual as pessoas tendem a se associar com pessoas bem-sucedidas para se sentirem bem-sucedidas também.
Assim, ao transmitir uma mensagem com informações exclusivas, o transmissor se sentiria vitorioso e bem-conectado, sugere Simon.

Para solucionar o problema da boataria desenfreada, o pesquisador israelense sugere campanhas para que o público leia as informações de forma crítica.
Além disso, sugere que instituições de credibilidade criem grupos no WhatsApp para disseminar notícias verdadeiras. Ou então que as instituições se coloquem como referência no aplicativo para que usuários mandem notícias para elas e, assim, elas verifiquem as informações enviadas – algo como um bunker de notícias falsas, só que ao contrário.

Boatos sobre o zika

A circulação de boatos no WhatsApp e no Facebook, no Brasil, já foi estudada pelo jornalista Marcelo Garcia, que trabalha na Fiocruz.
Em seu mestrado, pesquisou sobre a circulação de notícias falsas relacionadas à epidemia de zika em 2015 e 2016.

As duas situações – notícias sobre zika e sobre Marielle – foram muito distintas, ele ressalta.
Os boatos sobre zika se proliferaram em um contexto em que era tudo muito novo: ninguém tinha informações concretas sobre a ligação entre zika e microcefalia, nem pesquisadores nem imprensa.
Era difícil checar informações ou publicar respostas a dúvidas porque, muitas vezes, a resposta era “não sabemos”.

Mas ele traça paralelos entre as duas situações, como a da tendência que ele observou de usuários que compartilham notícias com as quais já concordam ou que corroboram suas crenças.
“Colocamos as crenças antes dos fatos.
É algo que pode acontecer nas eleições”, observa.

Garcia também acha que o WhatsApp é uma mídia mais fácil para compartilhar boatos.
“Na questão da Marielle, também teve isso, ainda mais em um contexto polarizado”, diz.
“Você acaba repassando aquilo para reforçar determinado ponto de visto em um grupo do qual participa.”

Para ele, outra característica importante do boato é que não tem autor ou fonte.
“A legitimidade vem da fonte que enviou a notícia”, afirma – e, normalmente, quem envia mensagens no WhatsApp são pessoas conhecidas, de confiança.

Ele analisou quatro boatos sobre zika que circulavam no WhatsApp e analisou comentários da página da Fiocruz, da Folha de S.Paulo e do Diário de Pernambuco.
Chegou à conclusão que os boatos tinham três “grandes critérios”:

1) o desconhecimento em torno da própria doença;

2) a desconfiança em relação às autoridades políticas e a falta de confiança no sistema de saúde no Brasil, de que o sistema daria conta da epidemia;

3) a desconfiança em relação à ciência em geral.

“O que a gente estudou parece mostrar que precisamos estar mais atentos não só aos boatos que estão circulando, mas também às questões e dúvidas da população”, diz ele.
“É uma lição que tem que ficar.
É preciso repensar a forma como se comunica com a população”, afirma.

Fonte: G1

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