Se você é daqueles que adora admirar a lua, terá um atrativo ainda maior neste domingo.
O céu será iluminado pela única superlua do ano, momento em que o astro aparece no céu até 14% maior e 30% mais brilhante do que o normal
Em astronomia, chama-se superlua ou superlua cheia a ocasião na qual a lua cheia ocorre quando a Lua se encontra próxima ao perigeu.
Isto acontece devido à órbita lunar ser aproximadamente elíptica.
A noite do dia 3 para o dia 4 de dezembro registra o melhor momento de todo o ano para observar a Lua: será uma lua cheia aproximadamente maior e mais brilhante que uma lua cheia comum.
Será a única oportunidade de 2017 para avistar o fenômeno da superlua – mas quem perder agora, poderá ver outra em breve, entre o dia 1 e 2 de janeiro de 2018.
O que é uma superlua?
A superlua é a combinação de dois eventos cósmicos.
O primeiro é o momento em que Sol, Terra e Lua estão alinhados de tal maneira que a face lunar esteja completamente iluminada pela luz solar, fenômeno chamado de lua cheia.
A superlua também pode acontecer quando a lua está alinhada de maneira oposta, ou seja, do outro lado da Terra, gerando a lua nova.
O segundo é o perigeu (a aproximação máxima da Lua em relação à Terra durante sua rota orbital ou até 90% próxima desse ponto).
O termo foi definido pelo astrônomo Richard Nolle em 1979.
Isso ocorre porque assim como a Terra gira em torno do Sol, a Lua gira em torno da Terra.
Nesta dança dos astros cósmicos, a distância entre o planeta e o satélite natural aumenta e diminui.
Quando ela está em seu maior pico de distância (aproximadamente 405 mil quilômetros) – e portanto visivelmente menor – dá-se o nome de apogeu, e quando a Lua está o mais perto possível (pouco menos de 360 mil quilômetros) – e portanto visivelmente maior – chamamos de perigeu.
A média exata é de 384.402 km dela até nós.
Em dezembro, às 15h47 do dia 3, a Lua entrará em sua fase cheia e nesta noite já poderá ser vista com o disco maior e mais brilhante.
Às 8h43 do dia 4, a Lua estará em seu ponto mais próximo à Terra: aproximadamente 357,5 mil km de distância.
Quem olhar para o céu na noite deste domingo (3) poderá observar a superlua.
O fenômeno ocorre quando a lua parece maior por estar em um ponto mais próximo da Terra.
Ele já aconteceu quatro vezes neste ano, mas não foi possível observá-lo por causa da fase da lua, que era a nova.
Mas dessa vez será diferente, já que a lua cheia começa exatamente neste domingo, às 13h48min30s.
A expectativa é de que o astro possa “ficar” de 6% a 7% maior do que o habitual.
Por volta das 23h50 de hoje, o satélite natural da Terra estará a aproximadamente 357 mil quilômetros do nosso planeta.
Esse deve ser o melhor momento para observação, desde que o tempo colabore.
Atmosfera da Terra pode ajudar (ou atrapalhar) a visão
“Se a lua cheia for observada em um momento em que o céu estiver sem nuvens e sem poluição, por exemplo, ela vai parecer maior e mais brilhante”, explica o astrônomo Roberto Costa, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.
Geralmente, afirma o astrônomo, a diferença não é tão notável a olho nu.
“Há uma diferença, mas é preciso prestar bastante atenção”, afirma.
Um trabalho publicado na Science Advances demonstrou que a poluição luminosa atrapalha nossa capacidade de ver todos os elementos do céu em até 80% – nos Estados Unidos, onde a pesquisa foi realizada, chega a 99%.
Melhor horário para ver
Especialistas recomendam que o melhor horário para observar a Lua é pouco antes dela se por no horizonte.
O termo é conhecido como “ilusão lunar”: podemos vê-la mais brilhante e maior, devido à comparação que nossos olhos fazem com outros elementos, como montanhas ou prédios.
Quantas vezes por ano ocorre a superlua?
De acordo com o Observatório Nacional, o evento pode ocorrer de uma a seis vezes ao longo de um ano.
A variação é ampla porque é necessária a combinação de dois fatores, que são as fases da Lua e a aproximação com a Terra.
Mas os dois movimentos lunares não estão completamente alinhados.
As fases da Lua são calculadas com base no mês sinódico, no qual cada fase demora exatos 29 dias e 12 horas para se repetir.
Contudo, o satélite leva 27 dias e 6 horas precisamente para dar uma volta completa na Terra.
Esse descompasso é que permite que haja tantas ou tão poucas superluas em um intervalo de 365 dias.
Em 14 de novembro de 2016, vimos a maior superlua dos últimos 70 anos.
Na ocasião, o satélite se aproximou até 356.511 km da Terra.
Tão perto assim, só veremos novamente em 2034.
Fonte: Internet