Perdão Verdadeiro
No ato de perdoar, não podemos pensar dessa forma:
“Ele errou comigo.
Ele me fez muito mal.
Eu não merecia esse tipo de crueldade.
Mas como eu sou uma pessoa boa e mais evoluída que meu algoz, vou deixar pra lá e esquecer o que passou.
Não vou me vingar dele.
Ele merecia, mas não o farei.”
Quem pensa dessa forma, não perdoa verdadeiramente.
Apenas se engana que está perdoando.
O perdão verdadeiro consiste na seguinte postura:
“Não posso pensar que ele errou comigo, pois o julgamento só cabe a Deus.
Todas as pessoas erram, inclusive eu mesmo.
Se eu errasse com alguém, também gostaria de ser perdoado.
As pessoas são diferentes e cada uma se encontra num certo nível de consciência e amadurecimento espiritual.
Ele não sabe ao certo o que fez e não entende bem as consequências dos próprios atos.
Como disse Jesus: Pai, perdoa-os, pois eles não sabem o que fazem.
Vou perdoar para me libertar dessa mágoa e poder ser feliz.
A mágoa não me leva a lugar nenhum.
Não faz mal ao outro, mas prejudica apenas a mim mesmo.
Eu também sou imperfeito e não tenho direito de julgar ninguém.
Não permitirei mais o ato do outro me afetar.
Por isso, entrego tudo a Deus com fé, pois somente a Ele cabe o juízo sobre a verdade das coisas e das pessoas.”
Se você perdoa da primeira forma, é preciso dizer que você está se enganando.
Isso não é perdão verdadeiro.
O perdão real, verdadeiro e desprendido se consolida quando seguimos a segunda via, a segunda postura.
O perdão não é um benefício que você concede ao outro por ser bonzinho e o outro ser mal.
Perdão é um ato de libertação de uma prisão emocional.
O que o outro faz é problema dele, é o karma dele.
Como você vai reagir é problema seu, é seu karma, é sua vida, é sua semeadura no bem, na paz e no amor que depois você vai colher.
E claro, vale lembrar que ninguém é obrigado a perdoar.
No entanto, lembremos do ensinamento de Jesus quando ele diz: “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.”
(Mateus 6:15)
Perdão é principalmente quando colocamos em prática o outro ensinamento de Jesus, que ele proferiu no momento do sofrimento mais intenso na cruz:
“Pai, perdoa-os, pois eles não sabem o que fazem.”
(Autor: Hugo Lapa)
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