Se conhece como Black Friday (Sexta-feira Negra, em inglês) o dia que inaugura a temporada de compras natalícias com significativas promoções em muitas lojas retalhistas e grandes armazéns.
É um dia depois do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, ou seja, celebra-se no dia seguinte à quarta quinta-feira do mês de Novembro.
Esta festividade começou nos Estados Unidos e pouco a pouco e com a ajuda das novas tecnologias e a promoção deste dia por parte das diversas empresas tem-se estendendo pelo resto dos países do mundo.
Como complemento à festividade existe a ciber-segunda-feira, (conhecido também como segunda-feira cibernética ou Cyber Monday), que é um dia dedicado às compras pela Internet e que se celebra na segunda-feira depois da Ação de Graças.
Etimologia
Há vestígios de que a denominação surgiu no início dos anos 90 na Filadélfia[3], quando a polícia local chamava de Black Friday o dia seguinte ao feriado de Ação de Graças.
Havia sempre muitas pessoas e congestionamentos enormes, já que a data abria o período de compras para o natal.
O termo já foi associado com a crise financeira que atingiu os Estados Unidos em 1869.
Também passou a ser usado em 1966 por milhares de pessoas em torno do mundo, mas só se tornou popular em 1975, quando o uso do termo passou a ser conhecido por meio de artigos publicados em jornais que abordavam a loucura da cidade durante o evento.
Já se referiu ao período de conforto financeiro para os varejistas.
No início de 1980, foi criada uma teoria que usava a cor vermelha para se referir aos valores negativos de finanças e a cor preta para indicar valores positivos.
O período negativo correspondia ao período de janeiro a novembro e o lucro acontecia no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças e permanecia até o final do ano.
Alguns anos depois, Black Friday foi o nome usado pelos varejistas para indicar o período de maior faturamento e desde então é a data mais agitada do varejo no país.
No dia do evento muitas lojas abrem bem cedo, algumas com até quatro horas de antecedência, para atrair o maior número de consumidores através de ofertas.
Milhares de pessoas aguardam em filas enormes.
Embora não seja um feriado, muitas pessoas ganham o dia de folga e se tornam consumidores com grande potencial.
O dia também é conhecido por dar início à temporada de compras de natal.
A popularidade do evento é grande, sendo que os descontos oferecidos são considerados mais atrativos do que os natalinos por muitos consumidores.
Black Friday no Brasil
A primeira Black Friday do Brasil aconteceu no dia 28 de novembro de 2010 e foi totalmente online.
A data reuniu mais de 50 lojas do varejo nacional.
Em 2013, a Black Friday no Brasil bateu seu recorde, faturando R$770 milhões em comércio online.
Os produtos mais almejados são televisores e smartphones.
A média de desconto para aparelhos celulares foi de 16% e para televisores chegou a 19%.
Segundo a consultoria E-Bit, em 2014, a data gerou R$1,2 bilhão em vendas somente na internet, que corresponde a 3,5% do faturamento anual, consolidando assim a Black Friday como uma das datas mais importantes para o comercio online.
Para evitar práticas fraudulentas, como a maquiagem de preços e falsos descontos, a câmara brasileira de comércio eletrônico (Câmara e-net) criou o código de ética para a Black Friday e publicou uma lista com as lojas participantes que foram regulamentadas segundo as normas da cláusula.
Outra ótima opção para não cair em armadilhas de falsas promoções é utilizar comparadores de preços como o Zoom que oferecem um histórico de preços dos produtos de até um ano.
Assim como nos Estados Unidos, a Black Friday Brasil acontece anualmente na sexta-feira seguinte à quarta quinta-feira de novembro.
Há registros de que o evento também aconteça em lojas físicas, pelo menos no Brasil e Estados Unidos.
Outro problema sério que ocorre no Brasil são os descontos “maquiados”, ou seja, as lojas sobem o preço alguns antes do Black Friday e baixam no dia do evento, alegando “megadescontos”.
A segunda edição da Black Friday, em 25 de novembro de 2011, rendeu um faturamento de 100 milhões para o e-commerce brasileiro, representando um incremento de 80% em relação ao ano de estreia país.
Após o sucesso de vendas da Black Friday, o Cyber Monday também foi importado para o Brasil.
O terceiro Black Friday ocorreu em 23 de novembro de 2012, em mais de 300 lojas virtuais, e foi a primeira vez que lojas de decoração participaram do evento.
As empresas Carrefour, Walmart, Extra, Ponto Frio, Submarino, Americanas.com, Saraiva e Fast Shop também foram notificadas pelo Procon por indícios de maquiagem nos descontos.
A quarta Black Friday, que caiu no dia 29 de novembro de 2013, mais uma vez bateu recorde de vendas, contemplando a venda tanto de bens, como produtos diversos, imóveis, carros, artigos infantis; utilidades domésticas, quanto de serviços, como turismo, festas infantis e comunicação.
Segundo pesquisa do Provar – Programa de Administração do Varejo – o preço de 21% dos produtos foram aumentados na Black Friday, o que gerou indignação nos e-consumidores, que usaram a expressão “Black Fraude” para se referir ao evento.
Houve um movimento nas redes sociais de posts de print screen dos preços e seu aumento à medida que o dia da Black Friday Brasil se aproximava.
Devido a essas incidências, a empresa Reclame Aqui lançou uma ferramenta de monitoramento, onde os usuários podiam conferir a reputação das empresas das quais desejavam efetuar compras e também reclamar ou denunciar práticas irregulares nas promoções.
O evento não tem regulamentação, nem organização centralizada.
Qualquer empresa, tanto virtual quanto física, pode fazer promoções com o nome Black Friday.
A procura pelo termo ‘Black Friday’ em 2013 cresceu mais de 300% em relação a 2012, o que levou muitas agências de publicidade a se colocarem como centrais oficiais do evento.
Em 2016, as vendas cresceram 17%, chegando à R$2,1 bi, mas acabou decepcionando muitos lojistas, que esperavam um crescimento ainda maior, freado por conta da crise econômica enfrentada no país.
Em 2017 a Black Friday acontece no dia 24 de novembro!
Maquiagem de preços
De acordo com um estudo realizado em 2014 pela Opinion Box em parceria com o Mundo Marketing, três em cada quatro internautas brasileiros pretendiam aproveitar a data para realizar compras online.
Apesar de vários outros números positivos apresentados pela pesquisa, foi constatado que 42% dos entrevistados ainda desconfiavam dos descontos oferecidos no Black Friday.
Uma das maiores reclamações dos consumidores é a maquiagem de preços, tática utilizada pelos e-commerces pra vender mais sem ter que necessariamente diminuir os valores.
Funciona da seguinte forma: O lojista sobe arbitrariamente o preço do produto alguns dias antes do Black Friday. Dessa forma, no dia do evento, ele pode dar um desconto muito grande no produto e o consumidor acreditará estar fazendo um bom negócio.
(Fonte: Wikipédia)