Jogos Paralímpicos Rio 2016 – No dia 7 de setembro, às 18:00 horas, no Estádio do Maracanã, aconteceu a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
O desfile dos atletas foi um dos momentos mais esperados da cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos.
A Cidade Maravilhosa foi o palco do maior evento esportivo para atletas com deficiência do mundo.
As Paralimpíadas no Brasil ocorrem de 7 a 18 de setembro de 2016.
São 4.350 atletas de 178 países para competir em 23 esportes.
O calendário de competições Paralímpicas conta com 315 sessões esportivas, além das cerimônias de abertura e encerramento, para as quais foram disponibilizados cerca de 3,3 milhões de ingressos.
O Brasil espera estar entre os cinco melhores países no quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, ganhando medalhas nas seguintes modalidades: Atletismo; Bocha; Canoagem; Ciclismo; Esgrima em cadeiras de rodas; Futebol de 5; Futebol de 7; Goalball; Halterofilismo; Hipismo; Judô; Natação; Remo; Tênis de mesa; Vôlei sentado.
Breve história dos Jogos Paralímpicos – Conheça a origem das Paralimpíadas
Os primeiros Jogos Paralímpicos, sob esse nome, foram realizados em Roma, na Itália, em 1960, com 400 inscritos, de 23 países.
Desde então, são promovidos a cada quatro anos, assim como os Jogos Paralímpicos de Inverno, que tiveram sua primeira edição em 1976, com sede em Örnsköldsvik, na Suécia.
Desde a Olimpíada de Seul-1988, na Coreia do Sul, e da Olimpíada de Inverno em Albertville-1992, na França, os Jogos Paralímpicos são disputados nas mesmas cidades e locais de competição dos Jogos Olímpicos, em acordo com os respectivos Comitês Internacionais.
Em 1922, foi fundada a Organização Mundial de Esportes para Surdos (CISS).
Assim, as pessoas com esse tipo de deficiência chegaram a organizar sua própria competição internacional – os Jogos Silenciosos.
Hoje, os atletas surdos costumam praticar esportes junto de pessoas sem deficiência e não possuem modalidades no programa paralímpico.
Em 1945, com o término da Segunda Guerra Mundial, um espólio visto principalmente nos países europeus envolvidos no conflito foi o considerável número de combatentes que sofreram lesões na coluna vertebral, ficando paraplégicos ou tetraplégicos.
Isso influenciou o neurocirurgião alemão Ludwig Guttmann a iniciar um trabalho de reabilitação médica e social de veteranos de guerra, por meio de práticas esportivas.
Tudo começou no Centro Nacional de Lesionados Medulares de Stoke Mandeville.
O próprio neurocirurgião teve sua vida influenciada pela guerra, pois teve de fugir da Alemanha Nazista por ser judeu.
A primeira competição para atletas com deficiência aconteceu em Stoke Mandeville, no dia 29 de julho de 1948. Quatro anos depois, em 1952, atletas holandeses também passaram a competir nas disputas de Stoke Mandeville. Assim, surgiu o movimento internacional, hoje chamado de Movimento Paralímpico.
Confira quais serão os esportes que vão fazer parte Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Os jogos Paralímpicos Rio 2016 terá 23 esportes, com 528 provas que valem medalhas.
Confira as modalidades paraolímpicas.
Atletismo
Lá se vão mais de cinco décadas que o atletismo integra o esporte paraolímpico.
Homens e mulheres, com deficiências físicas ou sensoriais, podem competir nas categorias corridas, saltos, lançamentos e arremessos.
Basquete em cadeira de rodas
Homens e mulheres com algum tipo de deficiência motora podem praticá-la.
Bocha
Não há grandes mudanças na regra original da modalidade e é permitido o uso das mãos e dos pés, além de instrumentos de auxílio para atletas com grande comprometimento dos membros superiores ou inferiores.
A bocha pode ser disputada nas categorias individual, dupla ou equipe e, no Brasil, é regida pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes.
Canoagem
Pode ser disputada por atletas com qualquer tipo de deficiência físico-motora, em três classes funcionais:
LTA, onde o atleta utiliza braços, tronco e pernas para auxiliar na remada;
TA, na qual o atleta utiliza apenas o tronco e os braços;
A, em que o atleta só tem a possibilidade de utilizar o movimento dos braços.
Ciclismo
Há disputas em equipe e individuais, sempre sob as regras da União Internacional de Ciclismo, que define mudanças sobre os tipos de segurança e classificações dos atletas.
O ciclismo paralímpico divide-se entre ciclismo de pista, com provas de contrarrelógio, perseguição e velocidade, e ciclismo de estrada, com provas de contrarrelógio e resistência.
Esgrima
A esgrima é aberta apenas para atletas com deficiência locomotora.
As cadeiras de rodas são fixadas no solo e têm a movimentação proibida por regra, uma das poucas mudanças em relação ao programa olímpico da modalidade.
Futebol de cinco
As partidas são realizadas em uma quadra de futsal adaptada e a bola tem guizos internos para que possa ser identificada.
A torcida deve ficar em silêncio e apenas comemorar gol.
Há também um guia, que fica atrás do gol e pode orientar os jogadores.
Goleiros têm visão total e não podem ter atuado em competições da Fifa nos últimos cinco anos.
São quatro jogadores na linha e um na meta.
Futebol de sete
É praticado por homens com paralisia cerebral, decorrente de sequelas de traumatismo crânio-encefácilo ou AVCs. Seis jogadores na linha e um no gol.
Cada partida tem dois tempos de 30 minutos.
Goalball
O goalball tem a peculiaridade de apenas aceitar atletas paralímpicos e com deficiência visual.
A quadra tem dimensões idênticas à de vôlei e é jogada por trios com bolas que têm guizos internos – logo, se exige silêncio da torcida.
Partidas têm dois tempos com 10 minutos.
Halterofilismo
Atletas com deficiências físicas nos membros inferiores ou com paralisia cerebral podem competir, sempre deitados no chamado aparelho supino.
A exemplo do modelo olímpico, os participantes são separados por pesos.
Hipismo
Atletas com vários tipos de deficiência têm direito a participar em provas mistas, com disputa entre homens e mulheres.
Na modalidade, não só amazonas e cavaleiros recebem medalhas, mas também os cavalos.
Judô
São três categorias praticadas, isso de acordo com a possibilidade visual de cada um.
Natação
Atletas com quase todo tipo de deficiência, como visual e física, competem em piscinas de tamanho idêntico aos dos atletas olímpicos.
Adaptações sutis são feitas nas largadas, viradas e chegadas.
Remo
Atletas com os mais diferentes tipos de deficiências podem competir, sendo que a separação de classes definida de acordo com o grau de limitação.
Rugby em cadeira de rodas
Com equipes de quatro jogadores e oito reservas, dada a quantidade de contato físico entre os participantes, o rugby em cadeira de rodas é praticado em quadras de basquete com 28m x 15m.
Apesar de adotar regras bastante específicas para os paraolímpicos, mantém a essência do esporte praticado de maneira convencional.
Tênis de mesa
O tênis de mesa é jogado por homens, mulheres e duplas com paralisia cerebral, amputados ou cadeirantes – as competições são divididas entre atletas andantes ou cadeirantes.
A raquete pode ser amarrada na mão do atleta para facilitar.
Tênis em cadeira de rodas
Pessoas com deficiências na locomoção têm direito a participar.
Tiro com arco
É permitida a participação a tetraplégicos, paraplégicos e pessoas com limitações de movimento nos membros inferiores.
Estes podem escolher entre competir em pé ou sentados em bancos.
Tiro
Pessoas amputadas, paraplégicas, tetraplégicas e com outras deficiências motoras podem competir e há mudanças específicas em relação à regra do esporte olímpico.
Triatlo
Participam do esporte pessoas com diversos tipos de deficiência, desde cadeirantes, amputados até atletas com deficiência visual.
As cinco classes do Paratriathlo são definidas pela União Internacional de Triathlon, através de um sistema de pontuação específico, e reconhecidas pela sigla PT.
Vela
Pessoas com deficiências locomotora ou visual podem competir, sempre em barcos adaptados à realidade dos paraolímpicos.
Há competições nas categorias individual, em duplas ou trios.
Voleibol sentado
Com os princípios básicos do esporte olímpico, sofre mudanças em relação ao tamanho da quadra e à altura da rede. Podem participar atletas amputados e com outros tipos de deficiência motora
Rússia excluída dos jogos paralímpicos devido a escândalo de doping
O Comité Paralímpico Internacional (IPC) anunciou a exclusão da Rússia dos Jogos Paralímpicos Rio2016, na sequência do escândalo de doping organizado revelado pelo relatório McLaren.
Ao contrário do Comité Olímpico Internacional (COI), que ‘transferiu’ para as federações das modalidades a responsabilidade de autorizar a participação dos atletas russos nos Jogos Olímpicos, optou por uma solução mais radical, excluindo toda a comitiva dos Jogos Paralímpicos, que começam em 07 de setembro.
Presidente da delegação russa disse que banimento viola direitos humanos.
Afirmou também que a Rússia está em dia com todas as regras antidoping e de que vai recorrer da decisão.
Você já percebeu que agora o nome “Paralimpíadas” ou a expressão “atletas paralímpicos” aparecem sem a letra “o”?
A mudança foi feita para igualar ao uso de todos os outros países de Língua Portuguesa.
Desde que os jogos para pessoas com deficiência começaram, os outros sete países que têm o Português como língua oficial (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste) já usavam a forma atual.
Para que o Brasil não ficasse diferente dos outros países, o Comitê Paralímpico Internacional pediu que fosse feita a alteração.
A mudança foi anunciada em novembro do ano passado, durante o lançamento da logomarca dos Jogos Paralímpicos de 2016.
Uma curiosidade:
O termo vem do inglês: paralympic, criado com base no cruzamento de para(plegic) + (o)lympics.
Atleta paralímpico
Fonte:ClaroHDBlog/Comitê Paralímpico Brasileiro