Como acontece o movimento de rotação e ciclo da Lua?
A Lua tem uma rotação em torno de seu próprio eixo, que dura 27 dias, 7 horas e 33 minutos.
Seu movimento ao redor da Terra leva o mesmo período para acontecer e, por conta disso, os observadores daqui enxergam sempre a mesma face deste satélite.
Quanto às fases que apresenta, trata-se de um fenômeno geométrico, que depende unicamente de sua posição em relação à Terra e do ângulo de incidência dos raios solares sobre ela.
Neste aspecto, o ciclo tem uma duração de 29 dias, 12 horas e 44 minutos e não sofre nenhuma influência do movimento de rotação.
Como acontece o movimento de rotação e ciclo da Lua?
Pelo fato de que a Lua completa uma órbita ao redor da Terra a cada 27,3 dias, período que constitui o mês sideral, sua posição muda continuamente.
Além disso, nosso satélite natural não possui luz própria, de forma que sua porção brilhante deve-se ao reflexo da luz solar.
A qualquer momento, metade da superfície lunar está iluminada pelo Sol, por ser um corpo aproximadamente esférico, mas a fração iluminada que pode ser observada da Terra sofre variações contínuas.
Entretanto, o período que a Lua gasta para passar pela mesma fase é de 29,5 dias, conhecido como mês sinódico, que possui o mesmo período de uma lunação.
Isto é atribuído ao fato de que, ao mesmo tempo em que a Lua move-se ao redor da Terra, ambos giram ao redor do Sol.
Uma vez que as fases são determinadas pela posição desses três astros, a mudança de posição faz com que a Lua tenha que executar pouco mais que uma revolução para atingir a mesma posição em relação ao planeta e ao Sol.
As fases da Lua referem-se à mudança aparente da porção visível iluminada do satélite devido a sua variação da posição em relação à Terra e ao Sol.
O ciclo completo, denominado lunação, leva pouco mais de 29 dias para se completar, período no qual a Lua passa da fase nova, quando a sua porção iluminada visível passa a aumentar gradualmente até que, duas semanas depois ocorra a lua cheia e, cerca de duas semanas seguintes, volta a diminuir e o satélite entra novamente na fase nova.
Eventualmente, ocorre o perfeito alinhamento entre o Sol, a Terra e a Lua, o que dá origem a eclipses.
Um eclipse solar acontece quando a Lua passa em frente ao disco solar, podendo ocorrer somente durante a lua nova, enquanto que um eclipse lunar ocorre no momento em que a Lua passa através da sombra da Terra, o que pode ocorrer somente na lua cheia.
Esta transição entre fases foi na antiguidade utilizada para contagem do tempo, de forma que muitos calendários lunares foram criados tendo como base o ciclo lunar.
A mudança de fases da Lua, cujo ciclo leva entre 29 e 30 dias é um dos eventos regulares mais evidentes que permitem a marcação do tempo.
Possivelmente, desde o paleolítico, comunidades humanas utilizavam a época da lua cheia, em função de sua luminosidade, para realizar caçadas noturnas.
Grupos de pescadores utilizavam as marés como época determinante para boa pesca.
Desta forma, o ciclo lunar adquiriu significado importante no que se refere à marcação de intervalos de tempo, além de suas fases marcarem períodos de festas e rituais.
Calendários lunares foram largamente utilizados no mundo antigo, tanto pelos babilônicos quanto para os egípcios.
O mês de aproximadamente 30 dias é uma aproximação do ciclo lunar.
Em alguns países islâmicos, contudo, ainda utiliza-se oficialmente o calendário islâmico, cujo ano possui doze meses.
Entretanto, cada um dos meses possui exatamente um ciclo lunar, que se inicia quando o crescente lunar é avistado logo após a lua nova.
Como consequência, o ano islâmico é onze dias menor que o ano trópico, utilizado no calendário gregoriano.
A maior parte das lendas mitológicas das civilizações incluem referências ao satélite natural terrestre.
Na mitologia grega existem três deusas associadas à Lua:
Ártemis associada ao quarto crescente, Selene ligada à lua cheia e Hécate para as fases minguante e nova.
Para os romanos, a Lua era associada à Diana, protetora da caça e da noite.
Já na mitologia tupi-guarani a Lua era representada pela deusa Jaci.
Mesmo nas culturas onde o satélite não possui personalidade divina, a Lua exerceu influência sobre suas crenças, com base no seu ciclo de contínua renovação.
Mesmo em culturas em que a Lua não é representada por divindades personificadas, suas fases são associadas a ciclos de fartura e miséria, vida, morte e renascimento.
Segundo a cultura popular, as fases do satélite possuem influência, por exemplo, na época do plantio e da colheita, no crescimento dos cabelos e na gestação e no parto.
Esta última crença é motivada pelo fato de que a duração do ciclo lunar é semelhante ao do ciclo menstrual feminino.
Contudo, não existem evidências científicas que apoiem essas superstições.
A Lua também tem participação em várias lendas folclóricas, dentre elas uma das mais famosas é a do lobisomem, um homem que, em noites de lua cheia, se transforma em lobo e sai à caça de carne humana.
Fonte: Wikipédia