“Koko era uma ícone da empatia e da comunicação entre espécies”, afirmou comunicado da fundação que cuidava do animal
Aos 46 anos, após ultrapassar a média de vida dos animais de sua espécie, a gorila fêmea Koko morreu enquanto dormia nos Estados Unidos. O animal ficou conhecido mundialmente por sua habilidade em saber utilizar mil palavras diferentes na Linguagem Americana de Sinais (equivalente à LIBRAS no Brasil) para comunicar-se com humanos.
A história da interação entre a gorila com humanos começou em 1971, quando a mãe de Koko a rejeitou quando ela ainda era recém-nascida, no zoológico norte-americano da cidade de São Francisco. Pesquisadora da Universidade Stanford, Francine “Penny” Patterson decidiu acompanhar o crescimento do animal e estabeleceu uma ligação com ele: em 1976, ela criou a The Gorilla Foundation, que levantou recursos para que Koko vivesse de maneira adequada em um ambiente diferente do zoológico.
Apesar das controvérsias — ativistas criticaram a atitude de Patterson em introduzir um comportamento anti-natural na vida do animal — a gorila aprendeu a se comunicar com sua criadora. Para a pesquisadora, isso possibilitou que a comunidade científica entendesse que os animais são inteligentes e apresentam sentimentos e emoções particulares.
Nos últimos anos, já com idade avançada, Koko fazia sucesso na internet com vídeos divulgados por Patterson. Em um deles, a gorila faz carinho em um gato e demonstra todo seu afeto — com direito a um beijinho na cabeça do gatinho.
“Koko tocou milhões de vidas como embaixadora de todos os gorilas e tornou-se uma ícone da empatia e da comunicação entre espécies”, afirmou a The Gorilla Foundation em um comunicado após a sua morte.
Fonte: Galileu