Vocês reencarnaram para ficar juntos
Assim como a alma passa, neste corpo, pela infância, juventude e a fase adulta, de igual maneira ela toma outro corpo.
O sábio não estranha tal coisa.
Tal como uma pessoa despe a roupa velha e veste outra nova, a alma encarnada deixa os corpos gastos e veste outros que sejam novos.
Krishna Avatar – Bhagavad Gita.
Nem o tempo, nascimento, morte ou reencarnação podem separar aqueles que formaram um profundo elo emocional, espiritual ou físico em seu passado.
Em todo o meu trabalho com a TRE (Terapia Regressiva Evolutiva)- A Terapia do Mentor Espiritual – método terapêutico de autoconhecimento e cura criado por mim em 2006, milhares de homens e mulheres passaram pelo meu consultório para resolver também seus problemas conjugais, e, apenas em alguns casos, não consegui estabelecer um elo de vidas passadas.
Por isso, não tenho nenhuma dúvida em afirmar que muitos casais nesta vida atual já estiveram juntos também em vidas passadas.
Portanto, se você está intimamente envolvida (o) por alguém, são grandes as chances que vocês tenham estado juntos em outra época e em outro lugar.
Explica o porquê de muitos casais ao se conhecerem na vida presente, sentirem uma forte atração e afinidade um pelo outro.
Em muitos casais a afinidade e o entrosamento são tão grandes que basta um olhar para que o outro saiba o que quer.
Não precisam de muitas palavras para se entenderem.
Há felicidade nesses relacionamentos porque ambos aprenderam suas lições do passado e estão nesta encarnação para outras experiências de crescimento e de evolução.
Portanto, essa felicidade não veio por acaso, mas como fruto de várias encarnações juntos, muitas vezes traumáticas, pelas quais adquiriram sabedoria e amor em seus relacionamentos.
Por outro lado, há aqueles cujo relacionamento é instável e cheio de conflitos.
São relacionamentos truncados, difíceis e dolorosos que não atam e nem desatam.
E por mais que ambos tentem sair desse relacionamento, não conseguem por conta do vínculo de amor e ódio que se criou entre o casal.
Nesses relacionamentos conturbados, frequentemente a Terapia Regressiva Evolutiva (TRE) – através de seu mentor espiritual – revela a causa desse conflito, permitindo que ambos aprendam a fazer suas mudanças internas.
Neste aspecto, se o casal reage a uma crise conjugal de forma positiva, buscando mudar seus pensamentos, sentimentos e atitudes a respeito do (a) parceiro (a), estará desintegrando o carma que existe entre os dois.
Todavia, se ambos reagem de maneira negativa, com amargura, ressentimento, ódio ou desejo de vingança, colherão os frutos do carma negativo, porque ainda não aprenderam suas respectivas lições.
Mas que lições?
É a pergunta que os pacientes costumam me fazer.
Ao passarem pela regressão, muitos se recordam que antes de reencarnarem na vida atual, conversaram com o seu mentor espiritual (ser desencarnado de elevada evolução, que responde diretamente pelo nosso aprimoramento espiritual) que os ajudou a planejar as lições necessárias à vida presente.
Neste propósito de vida estão envolvidas outras pessoas que também irão reencarnar na mesma época, de tal forma que essa interação cármica, dará oportunidade a todos de fazerem suas próprias mudanças.
Sendo assim, muitos encontros estão predestinados a acontecer em sua vida como lições para o crescimento de sua alma.
Em muitos relacionamentos conjugais, o matrimônio está destinado a chegar positivamente ao fim se o casal tiver aprendido tudo o que tinha de aprender.
Em determinados casos, passar pelo divórcio é o único motivo pelo qual duas pessoas vieram juntas.
Em verdade, eles predeterminaram essa situação no espaço entre vidas (mundo espiritual) como um teste para a evolução de suas próprias almas, isto é, de se separarem amigavelmente na vida terrena.
Como diz a escritora brasileira Lya Luft, autora do Best- Seller Perdas & Ganhos : “O fim de um casamento não precisa ser o fim de uma relação”.
Visto por esse ângulo, muitos casamentos desfeitos podem se transformar numa grande amizade.
Entretanto, se o divórcio envolver ações e emoções negativas, certamente ocasionará um carma negativo do casal.
O mesmo irá ocorrer se os cônjuges mantiverem um casamento infeliz na base do ressentimento, hostilidade e desavenças constantes.
Mas, para se quebrar um ciclo cármico, é necessário que o casal exercite a humildade e se despoje do orgulho e da prepotência para finalmente mudar suas atitudes.
CASO CLÍNICO
Medo de se separar do marido.
Mulher de 40 anos, casada.
Veio ao meu consultório por sentir-se insegura em se separar do marido.
Queria saber o que a prendia ainda nesse relacionamento, já que não o via mais como homem.
Dormiam em quartos separados há 10 anos.
Portanto, não havia mais nenhum relacionamento sexual entre eles.
Embora não o visse mais como homem, tratava-o com carinho como se fosse seu filho.
Numa hora pensava em se separar dele, noutra hora, não.
Arrumava suas coisas para ir embora e na hora H, desistia.
O medo de machucá-lo estava muito presente, daí sua dificuldade de tomar uma decisão.
Na 1ª. sessão de regressão, a paciente começou a gritar aos prantos:
– Meu filho!
Eu quero o meu filho… Levaram o meu filho.
Levaram embora o meu filho.
Ele é um bebê…estava em casa.
Eu estava deitada na cama…
– Peço-lhe que me descreva sua aparência física.
– Sou clara, estou com os cabelos desarrumados.
Moro num lugar simples, numa casa simples.
Estou num quarto, só tem uma cama e uma mobília com gavetas.
Ele era um bebê, não sei por que o levaram? (chora convulsivamente).
Ele estava enrolado num lençol.
Morávamos eu e o meu bebê…
Agora ele não está mais comigo.
Estou sozinha.
É muito ruim ficar sozinha.
Eu quero o meu bebê de volta! (grita, chorando copiosamente).
– Você sabe quem pegou o seu bebê? – Pergunto-lhe.
– Ele tinha nascido há poucos dias.
Eu mal o peguei nos braços.
Meu pai me disse que eu não tinha condições de criá-lo.
Ele não queria que eu andasse na cidade com um filho nos braços, sem marido.
Ele não queria ouvir comentários de que sua filha solteira estava grávida.
Foi por isso que ele me mandou para essa casa, distante da cidade.
Antes eu morava com ele e as minhas duas irmãs.
Quando ele descobriu que eu estava grávida, me mandou para esta casa, longe dos olhos dos moradores da cidade.
Logo que o meu bebê nasceu, ele foi me visitar.
Estava deitada e acabei dormindo.
Ao acordar, não os vi mais.
Fui implorar para que ele devolvesse o meu filho.
Disse-lhe que não iria depender dele para criá-lo, mas ele não me ouviu…
Eu nunca mais tive notícias de meu filho.
– Avance nesta cena anos depois, peço-lhe.
– Após 20 anos é que vi o meu filho.
Quando estava andando na cidade, vi um rapaz muito parecido com o pai do meu bebê.
Alto, cabelos escuros, pele morena, muito bonito.
Ele estava conversando com outros dois rapazes aparentando a sua idade.
Ele despertou a minha atenção.
Eu o segui e ele entrou numa casa grande, um jardim enorme com muitos empregados.
Reconheci a casa porque uma das empregadas me conhecia.
Pedi para que ela informasse e descobrisse se ele era realmente o meu filho.
Ela ficou atenta nas conversas que escutava dentro desta casa.
E numa dessas conversas, ela soube que ele era filho adotivo.
Os donos desta casa eram pessoas de posse e foram eles que o criaram.
Eu o observo de longe.
Tenho medo de me aproximar dele.
Ele não sabe que é filho adotivo.
Se eu lhe contar que sou sua mãe verdadeira, tenho medo de sua reação, de não compreender o que aconteceu.
Mas me sinto feliz por ele estar vivo; por outro lado, me sinto triste por não poder me aproximar dele.
Sou muito pobre e ele foi criado por uma família abastada.
Ele não vai me aceitar como sua mãe.
Por isso, eu só fico observando- o.
Eu sofro por ele estar perto e não poder abraçá-lo.
No entanto, eu já me acostumei a ficar só.
Eu levo uma vida muito simples.
Presto serviços lavando roupas dos moradores da vila onde moro.
Agora estou com um pouco mais de idade.
Minha saúde ainda é boa, uso avental, cabelos pretos com um lenço na cabeça…
O ano é 1846. Não posso destruir a vida dele, não posso tirar as coisas que ele tem, por isso eu só o observo de longe. (pausa).
– Peço-lhe para que avance nessa cena bem mais para frente, anos depois.
– Meu filho está mais velho, ele está com 37 anos.
Há 37 anos que não o abraço.
Ele constituiu uma família.
Sua esposa e seu filho são muito bonitos.
Eu o vejo passeando com o seu filho pela cidade.
Meu neto é lindo!
Tem os cabelos claros, deve ter por volta de 6 anos.
Ele é bonito, se parece com o pai…
Vejo-me agora velha, cansada, meus cabelos já estão grisalhos.
Não consigo mais andar direito.
Não tenho mais forças para ir até a cidade para ver o meu filho.
– Vá agora para o momento de sua morte, peço-lhe.
– Estou deitada na minha cama.
Estou só.
Fico pensando que se eu tivesse contado toda a verdade para ele, não estaria só.
Eu vou morrer e não irei mais vê-lo (chora copiosamente).
Sinto muita solidão, medo de não vê-lo mais… Acabei morrendo.
– Veja o que aconteceu com você após sua morte física? – peço-lhe.
– Meu corpo fica lá durante vários dias.
Ninguém sabe que eu morri.
Não posso ir embora porque vou ficar sem o meu filho…
Passaram-se muitos dias até que alguém descobre o meu corpo.
Agora é hora de eu ir embora, preciso ir.
Vou descansar… Não vejo mais nada.
Antes de encerrarmos essa sessão de regressão, perguntei-lhe:
– Você consegue identificar na vida atual alguém de seu convívio que seja o seu filho dessa vida passada?
– Sim, é o meu marido.
Agora fica claro o porquê dessa insegurança em me separar dele.
Não posso deixá-lo porque sofri muito quando o meu pai daquela vida passada me separou dele.
Agora, na vida atual, o encontrei de novo…
Mas sinto (intuo) que chegou a hora de cada um seguir o seu caminho.
É assim que tem que ser.
Vejo um ser de luz, é o meu mentor espiritual…
É ele que está me dizendo isso.
Após passar por mais quatro sessões de regressão, a paciente tomou a firme decisão de se separar de seu marido. Felizmente, a separação foi amigável sem mágoa ou ressentimento de ambas as partes.
Veja também o Horóscopo do dia
Créditos: Dr.Osvaldo Shimoda
E-mail: osvaldo.shimoda@uol.com.br