Se você fizer essa pergunta aos seus entes queridos ou mesmo às pessoas mais próximas é provável que a resposta seja um não.
Mas por quê?
Por desconhecimento (muitos não sabem sequer o que é o mentor espiritual), incredulidade, ou mesmo acreditando, é grande o número de pessoas que ainda não conversaram com seus respectivos mentores espirituais.
Não por acaso, em 2006 criei a TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) – A Terapia do Mentor Espiritual – método terapêutico de autoconhecimento e cura.
Nessa modalidade de terapia, o intuito é fazer com que o paciente entre em contato com seu mentor (a) espiritual e, com isso, receba suas sábias orientações acerca da causa e resolução de seus problemas, bem como os aprendizados necessários e indispensáveis ao seu aprimoramento espiritual.
Neste artigo, quero aprofundar, esclarecer melhor a respeito desse grande mestre espiritual, benfeitor e amigo fiel, que é a base, presença indispensável do sucesso dessa terapia.
É importante distinguir o papel do mentor espiritual e do anjo da guarda.
O papel do mentor espiritual difere do que muitos pensam do anjo da guarda, pois, não é o de proteger seu pupilo, mas, sim, orientá-lo, aconselhá-lo, ensiná-lo; sua função, portanto, é exclusivamente de orientação espiritual.
Já a proteção espiritual fica a cargo dos espíritos protetores, que podem ser familiares desencarnados (pai, mãe, avô, avó, bisavós, tios, etc.), amigos de outras encarnações, e, principalmente, do anjo da guarda – ser alado que pertence a uma ordem elevada.
Mas pode acontecer também do anjo da guarda acumular uma dupla função: ser um protetor e ao mesmo tempo um mentor espiritual, um orientador.
O (a) mentor (a) espiritual pode ser sua alma gêmea (é o meu caso), ter sido em outras vidas seu irmão (a), pai, mãe, marido, esposa, avô, avó, etc., ou não ter vivido com você em nenhuma existência passada, mas, somente no plano espiritual.
Quando peço aos pacientes perguntarem aos seus mentores espirituais desde quando são seus orientadores, muitos respondem “desde sempre”, “desde quatro gerações (encarnações) para cá”.
Pode acontecer também um rodízio de mentores espirituais pelo fato de eles ascenderem para dimensões mais elevadas, ou mesmo precisarem reencarnar para uma determinada missão.
Um caso conhecido é o do Chico Xavier, onde seu mentor espiritual, Emmanuel, já está encarnado.
Os mentores espirituais não sabem tudo e estão empenhados em aprenderem e aprimorarem seus conhecimentos para melhor ampararem os seus pupilos.
Há encarnados que têm mais de um mentor espiritual, ou seja, uma equipe (é o meu caso também), dependendo de suas missões nesta vida terrena, mas há um que é o seu principal mentor espiritual por estar mais ligado e ter mais afinidade.
Muitas pessoas acreditam que o seu mentor espiritual é exclusivo deles, que são os únicos tutelados.
Isso não corresponde à verdade, pois um mentor espiritual tem vários tutelados, ou seja, ampara, orienta, responde diretamente pelo aprimoramento espiritual de vários pupilos.
Numa das sessões de regressão, uma paciente ao conversar com seu mentor espiritual ficou decepcionada e com ciúmes, pois ele lhe esclareceu que não era mentor espiritual só dela, mas também de outros.
Ao lhe indagar se ficava 24 horas com ela, respondeu brincando que quem ficava 24 horas com um encarnado são os obsessores espirituais (seres desencarnados, desafetos espirituais, que movidos a ódio e vingança por tê-los prejudicado no passado, seja desta ou de outras vidas, querem nos prejudicar).
Por ter vários pupilos para cuidar, orientar, ele lhe esclareceu que era muito atarefado, mas que se ela o chamasse, ele viria ao seu encontro.
O mentor espiritual está sempre próximo de nós e sua interferência em nosso dia-a-dia vai além do que a gente imagina.
Eu me recordo de um paciente que veio ao meu consultório bastante frustrado, depressivo, pois se sentia um perdedor porque havia prestado várias vezes o concurso público para agente de Polícia Federal e não era aprovado.
Numa das sessões de regressão, seu mentor espiritual lhe mostrou uma cena futura como agente da Polícia Federal onde se viu morto por um traficante de drogas.
Após ter mostrado essa cena ao paciente, ele lhe disse: “Você entendeu agora por que não consegue passar nesse concurso?
Se você se tornar um agente de Polícia vai abreviar sua vida, partir antes do previsto, e, nós da espiritualidade, não queremos que isso aconteça”.
Caso Clínico: Ausência da figura paterna
Mulher de 30 anos, solteira.
A paciente veio ao meu consultório querendo entender o porquê de se sentir rejeitada pelos homens, a começar pelo próprio pai falecido que sempre fora ausente com ela.
Sofreu muito em seus relacionamentos afetivos, pois seus namorados a traíram e acabaram trocando-a por outras mulheres.
Com isso, sentia-se abandonada, rejeitada.
Seu desejo era ter seu verdadeiro companheiro e constituir uma família.
Queria entender também por que era alvo frequente de difamação, de confusão no ambiente de trabalho, pois as colegas fofocavam, falavam que ela era amante do chefe, o que não correspondia à verdade.
Após ter passado por quatro sessões de regressão, na 5ª e última sessão, a paciente me relatou: “Estou vendo o meu avô materno que é falecido…
Eu o vejo como era quando vivo e estou no colo dele, devo ter uns cinco anos (paciente fala chorando).
Ele diz que é o meu mentor espiritual…
Até achei que ele já havia reencarnado”.
– Pergunte-lhe por que essa ausência da figura paterna em sua vida?
“Diz que é um resgate cármico, pois numa vida passada fui prostituta e pratiquei nove abortos.
Esclarece que na encarnação atual o meu pai e os meus namorados foram essas crianças que abortei.
Meu avô fala que senti muita dor ao ser rejeitada por eles porque ao abortá-los na vida passada eles também sentiram a dor da rejeição, do abandono.
Afirma que a gente só não faz para o outro aquilo que a gente sabe o quanto dói.
Fala que quando uma criança é abortada sente muito a dor da rejeição, do abandono.
Então, pela lei do carma, a lei do retorno, como as crianças que abortei na vida passada sentiram a dor da rejeição, do abandono, hoje, na vida atual, como consequência senti também – através de meu pai e de meus namorados – a mesma dor que eles sentiram quando foram abortados”.
– Pergunte ao seu avô se você vai ainda ter um companheiro e constituir uma família?
“Diz que não é para pensar nisso agora porque há outras questões para eu resolver antes, mas afirma que o mais importante nesta vida terrena é conseguir evoluir porque a verdadeira felicidade, onde a gente sente felicidade plena é no plano espiritual de luz”.
– Pergunte-lhe por que você é alvo de difamação em seu ambiente de trabalho?
“Fala que é também um resgate cármico do que semeei naquela vida como prostituta, pois eu era amante de muitos homens casados.
Mas pede calma, pois essa situação de difamação vai se esgotar no tempo certo; por isso, ele pede calma e paciência, pois tudo vai passar.
Pede para orar mais, pois sente falta de minha voz orando.
Reafirma novamente para ter calma e paciência, pois no devido tempo tudo irá se resolver.
Está se despedindo, me dá um beijo na minha testa e vai embora”.
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Créditos: Dr.Osvaldo Shimoda
E-mail: osvaldo.shimoda@uol.com.br