Vida após a morte, mito ou realidade?
“A alma do homem é como água; vem do céu, ao céu retorna, e depois retorna à Terra, em eterna alternância” – J.W.Von Goethe
Uma leitora de meus artigos enviou um e-mail questionando-me sobre a vida após a morte: ‘Você descreve através dos casos clínicos de seus pacientes a vida após a morte, as outras dimensões com detalhes.
Como você sabe que tudo isso é uma realidade?
Não será pura imaginação de seus pacientes?
A minha religião diz que não existem espíritos’.
O questionamento dessa leitora evidencia o desconhecimento e o despreparo de nossa cultura ocidental materialista que acredita que a vida começa com o nascimento e termina com a morte.
Evidencia também o preconceito, a ignorância, o medo que algumas religiões colocam na cabeça de seus fiéis a respeito da morte e da comunicação com os espíritos, e isso os impede de estudar esse tema de forma séria e aprofundada.
Há também aqueles que vêem a morte não como um fenômeno natural, mas um tabu, a ponto de não gostar sequer de tocar nesse assunto.
Outros ainda têm um conhecimento espiritual parco, sem profundidade, um conhecimento pseudo-religioso, supersticioso.
Neste aspecto, a religião pode ser um obstáculo à verdadeira espiritualidade, que é a libertação do espírito, de sua essência.
A história das religiões (até hoje) tem muito a ver com o poder, o dinheiro e pouco a respeito da espiritualidade.
A bem da verdade, vida após a morte, reencarnação, comunicação com espíritos e plano espiritual, são assuntos que não pertencem exclusivamente ao espiritismo e nem à religião nenhuma.
Ou seja, a realidade espiritual é um fenômeno natural que sempre existiu e que sempre existirá.
Por isso, os povos primitivos, os filósofos gregos, orientais, os índios xamãs, os sacerdotes egípcios, etc., falavam com a maior naturalidade sobre esses assuntos.
Prevejo num futuro -não muito distante- uma ‘Universidade do Espírito’, uma ciência oficial do Espírito que irá estudar de forma mais aprofundada a reencarnação, o plano espiritual, o corpo astral, o duplo etérico, etc..
Uma Universidade que fará um intercâmbio entre os dois mundos, o físico e o sutil.
Daí a importância de se rever essa visão teológica equivocada, incoerente, preconceituosa sobre Deus e espiritualidade, ainda pregada por muitas religiões.
Sabemos que a Igreja Católica primitiva, até o 2º Concílio de Constantinopla, ocorrido em 553 d.C., aceitava a tese da reencarnação.
Mas o imperador Justiniano, após essa data, decretou que reencarnação não existia, substituindo-a pela ressurreição.
Muitas coisas ditas por muitas religiões sobre o Cristo são fantasiosas, mitos, transformando-o em objeto de altar e de santificação. Por isso, para muitos, Jesus ainda é visto como uma figura intocável, inacessível, distante.
Desta forma, obviamente, essas pessoas não se sentem merecedoras de seu amor ou mesmo de se comunicarem com ele, por se considerarem pecadoras, impuras. No entanto, Jesus não criou nenhuma religião, mas fez revelações sobre as leis divinas que regem o universo.
Portanto, o que é interessante é a experiência direta com a espiritualidade, jogando fora os preconceitos religiosos, os mitos, os medos em relação aos espíritos.
Explica por que a TER – Terapia Regressiva Evolutiva – é uma terapia independente, desvinculada de qualquer instituição, religião, seita, grupo espírita ou espiritualista, pois não visa doutrinar o paciente, mas convidá-lo a fazer suas próprias vivências e experiências nas sessões de regressão para que no final do tratamento tire suas próprias conclusões.
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Créditos: Dr.Osvaldo Shimoda
E-mail: osvaldo.shimoda@uol.com.br