Muitas pessoas – talvez a maioria – estão esquecidas que somos seres espirituais passando temporariamente por uma experiência terrena em busca de mais evolução.
Por isso, digo aos meus pacientes que reencarnar é uma aventura única, singular.
É como vestir um escafandro (vestimenta impermeável e hermética, própria para mergulhos demorados) e descer nas águas do oceano.
Na medida em que se vai descendo na escuridão das profundezas do oceano, nossa memória vai se apagando, a ponto de não lembrarmos mais quem somos, de onde viemos, e o que fazemos nesse planeta.
Da mesma forma que nós encarnados na vida terrena ao perdermos um ente querido ficamos tristes e sentimos saudades, o mesmo ocorre com os desencarnados no plano espiritual.
Ou seja, quando seu ente querido reencarna na Terra é também doloroso para eles, pois deixa saudades, tristeza, embora saibam que um dia ele retornará ao plano espiritual, seu lar de origem, a sua verdadeira morada.
Não obstante, quando reencarnamos esquecemos que estamos vivendo temporariamente nesta vida terrena.
Mas, ocasionalmente, bate uma saudade, nostalgia, melancolia e você não sabe do quê.
Olha para o céu estrelado, vê a imensidão do universo, as lágrimas escorrem, fica confuso, sem saber por que chora (o véu do esquecimento do passado – que se manifesta em forma de amnésia – não nos deixa lembrar nesta vida terrena que somos seres espirituais).
No plano espiritual, muitos ficam inconformados por terem que reencarnar; ao reencarnar, acabam se perdendo no meio do caminho, e, como uma forma de rebeldia, entram nas drogas, bebidas, levando uma vida desregrada, trocam à noite pelo dia, recusam-se a trabalhar, estudar.
Há também encarnados que não se sentem pertencentes a nada, a ninguém, a lugar nenhum; deslocados, sentem que não fazem parte desse planeta.
Desamparados e fragilizados, acham que estão “sozinhos no mundo” e, mesmo rodeados pelos familiares e amigos, experimentam uma profunda solidão.
Por fim, há os que não aguentam a pressão, as adversidades da vida e acabam abreviando suas estadias nessa vida terrena, cometendo suicídio.
Acreditam que morrer é a única solução, que “acaba tudo”.
Ledo engano!
A morte não existe, pois matar seus corpos físicos não irá fazê-los parar de sofrer, pelo contrário, agravarão mais ainda as suas situações.
Ao saírem de seus corpos físicos, como seres espirituais que são, sentirão as dores do tiro, do veneno, da queda – caso tenham pulado de um prédio – e a tendência é irem para um lugar escuro, o astral inferior (as trevas).
Desta forma, como mutilaram seus corpos astrais (é um dos corpos sutis do nosso perispírito – corpo espiritual) com o suicídio, poderão reencarnar com problemas mentais se deram um tiro na cabeça, problemas digestivos, caso tenham se envenenado, ou poderão vir aleijados se pularam de um viaduto, e assim por diante.
Por isso, caro leitor, não entre nessa ilusão, no equívoco da visão materialista- reforçada pela ciência – de que não existe nada após a morte.
Não perca as esperanças!
Você não está sozinho, desamparado como pensa equivocadamente.
Eu me recordo de um senhor depressivo, lacônico, que veio ao meu consultório com um único objetivo: saber por que apesar de 30 anos de estudos, ter participado de vários cursos espiritualistas, religiões, rituais, meditação, etc., seu mentor espiritual (ser desencarnado de elevada evolução espiritual, responsável diretamente pelo nosso crescimento espiritual) nunca se manifestou, conversou com ele para orientá-lo acerca de seus problemas, principalmente, os financeiros, pois estava passando por uma crise financeira muito grave.
E, embora não tivesse me dito abertamente, intuí que ele iria dar cabo à sua vida por conta de seu desespero, pois praticamente estava falido.
Após ter passado pela entrevista de avaliação (anamnese), na 1ª sessão de regressão em TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) – A Terapia do Mentor Espiritual – Abordagem psicológica e espiritual breve criada por mim em 2006, ele me relatou: “Estou vendo um jardim muito bonito, gramado vasto…
É realmente um lugar de muita paz, de silêncio, calmo e tranquilo (paciente estava descrevendo o plano espiritual de luz). (pausa).
Ao fundo, vejo um senhor que usa uma túnica branca…
Ele está sentado num banco”.
– Aproxime-se dele – Pedi ao paciente.
“Eu me aproximo, ele acena a cabeça me cumprimentando, e pede para que eu sente ao seu lado.
Afirma que é o meu mentor espiritual, pede novamente para sentar, pois diz que precisamos conversar melhor.
Digo que não, indago-lhe por que nesses anos todo ele nunca apareceu para mim, principalmente, nos momentos que mais precisei dele.
Ele me pede calma, mas falo que ele nunca me ajudou (paciente fala exaltado).
Ele me diz: – Sempre estive ao seu lado, é você que não se permite me escutar como está fazendo agora.
Mantenha a calma!
Digo que me recuso a continuar conversando com ele, que vou embora, pois não quero mais ficar aqui…
Estou dando as costas para ele, caminho em direção ao portão (recurso técnico que utilizo nessa terapia que funciona como um “portal”, e que separa o plano terreno do espiritual, o passado do presente).
Atravesso o portão, estou de frente àquela escada que o senhor pediu para descer no início de meu relaxamento corporal (a escada é também um recurso utilizado nessa terapia para aprofundar o relaxamento do paciente).
– Suba então os degraus dessa escada – Peço ao paciente. (pausa).
Paciente abre os olhos, levanta-se, e sai do meu consultório bastante irritado, sem se despedir de mim”.
Achei que ele não iria mais continuar com o tratamento, mas, para meu espanto, ele retornou.
Surpreso, falei que não esperava que ele voltasse para o meu consultório pela forma como saiu na sessão passada.
Ele pediu desculpas e me falou: “Dr. Osvaldo, depois que sai da 1ª sessão, ao chegar ao hotel onde estava hospedado, refleti melhor e pude perceber que realmente o meu mentor espiritual estava certo, ou seja, eu realmente estava fechado, não receptivo para que ele se manifestasse e viesse conversar comigo.
Mas, na hora que estava refletindo sobre o que ele me falou naquela sessão, o meu celular tocou, era o meu sócio, eufórico, dando-me a ótima notícia de que havíamos ganhado a licitação de uma grande obra pública no sul do país (paciente era empreiteiro).
Por isso, vim para me despedir do senhor e lhe agradecer por tudo que fez por mim e dizer que a TRE foi além de minhas expectativas, pois somente nessa terapia que consegui finalmente conversar com o meu mentor espiritual, bem como resgatar a fé na vida e na espiritualidade.
Hoje tenho plena convicção que o meu mentor espiritual existe e que está sempre me ajudando, que não estou desamparado, sozinho, como pensava”.
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Créditos: Dr.Osvaldo Shimoda
E-mail: osvaldo.shimoda@uol.com.br