Regressão de Memória e Hipnose: Mitos e Verdades
Pelo fato da reencarnação ser um dos pressupostos fundamentais da TRE, muitas pessoas me perguntam se essa terapia é um tratamento espírita, se sou espírita.
Devo esclarecer que a TRE não está vinculada a nenhuma religião, portanto, ela é independente, desvinculada de qualquer instituição, religião, doutrina, seita ou grupo, pois, entendo que quando o ser humano se apega a algo ele se limita, cerceia sua liberdade de pensamento, enquanto ser espiritual em evolução.
Apesar dessa terapia aceitar, integralmente, a tese da reencarnação e trabalhar com as manifestações espirituais, isto é, com a realidade espiritual dos pacientes, ela não é uma terapia espírita.
A crença da reencarnação não é um privilégio exclusivo do Espiritismo, pois ela é aceita por grande parte da população do Oriente, pelos antigos sacerdotes egípcios, pelo budismo, hinduísmo e por várias filosofias praticadas no Ocidente.
Platão, Sócrates, Pitágoras, todos falavam e acreditavam na reencarnação.
Portanto, para estudar e/ou lidar com a realidade espiritual do ser humano, não é preciso se atrelar necessariamente a uma religião ou a uma doutrina, como muitos pensam.
Por isso, a TRE é feita em consultório obedecendo às normas de sigilo e respeito à ética profissional, enquanto que no Espiritismo as atividades espíritas são exercidas em centros espíritas ou mesmo nos lares.
Neste aspecto, quero esclarecer também que não sou médium, pois não sou dotado de nenhuma faculdade extra-física, mediúnica de clarividência, clariaudiência, psicofonia ou de psicografia.
Como terapeuta, busco abrir o canal de comunicação entre o paciente e o seu mentor espiritual- para que ele possa lhe mostrar a causa e a resolução de seus problemas, fazendo-o regredir ou não, às suas vidas passadas (é o mentor espiritual que determina se o paciente irá ou não regredir.
Portanto, nessa terapia, sou um facilitador, um auxiliar do mentor espiritual do paciente, que é o seu verdadeiro terapeuta, pois o conhece a fundo.
Sendo assim, como co-terapeuta, busco prepará-lo da melhor forma possível, esclarecendo-o sobre as diversas formas de vivência regressiva, do que ele vai ter que observar durante e após a sessão de regressão, fazendo-o relaxar adequadamente -através da indução hipnótica alfa ou theta-, ondas cerebrais em que o paciente fica sempre consciente, para que o seu mentor espiritual possa, no final do tratamento, conversar com ele e orientá-lo com amor e sabedoria, mostrando-lhe a causa de seus problemas e a sua resolução.
Muitos pacientes que passam pela primeira vez por uma regressão de memória, principalmente os mais céticos, racionais e analíticos, duvidam do conteúdo que trouxeram, que veio à sua mente, pois como estavam conscientes durante toda a sessão de regressão, questionam a veracidade do que falou ou mesmo o motivo de não ter visto nada durante a sessão de regressão.
Quando, ao final da sessão, não trazem nenhuma cena ou imagem de suas vidas passadas, sentem-se frustrados, pois achavam que iriam ver claramente algo de seu passado.
Portanto, quero esclarecer aos leitores que não são todos os pacientes que trazem lembranças de seu passado de forma visual. Neste aspecto, nem todos têm o mesmo tipo de percepção.
Nesta terapia, cada paciente traz algo de seu passado usando seus cinco sentidos físicos (visão, audição, olfato, paladar e tato) e, principalmente, o seu sexto sentido, a intuição.
Muitos não conseguem ver nada durante as sessões de regressão porque sua memória visual é pouco desenvolvida, mas podem trazer suas experiências passadas usando os outros sentidos.
Em outras palavras, o paciente pode regredir de 5 formas possíveis:
1) Vivência visual: as experiências de vidas passadas podem vir com cenas, imagens nítidas, vívidas ou embaçadas, inicialmente, e no decorrer das sessões, se tornam mais nítidas.
Podem ainda vir em forma de flashes que, em muitos casos, persistem após o término de cada sessão de regressão;
2) Vivência auditiva: a paciente escuta o trotar de cavalos, tiros de canhão, barulho de trem, como experiências de suas existências passadas.
Muitos chegam a ouvir alguém chamá-lo pelo seu nome (de uma outra vida).
3) Vivência cinestésica (olfativa, gustativa e tátil): o paciente pode vivenciar suas experiências reencarnatórias por meio de sensações físicas como calor, frio, paralisia no corpo, dores, odores, paladar (gosto de sangue na boca, por ter sido ferido numa batalha; gosto de veneno, se foi envenenado numa vida pretérita) e emoções (ele pode chorar, gritar, contrair-se, revoltar-se, sentir raiva, medo, angústia, etc..).
4) Vivência intuitiva: as lembranças do passado vêm intuitivamente (ele tem a impressão de…).
Em muitos casos, o paciente não vê nada de forma nítida, mas uma intuição vinda em forma de impressão, sensação. Por exemplo, ele identifica na regressão o seu pai ou mãe da vida passada como sendo o seu marido ou esposa atual.
5) Vivência Mista: regride de forma completa, misturando as quatro vivências acima mencionadas: vê, ouve, sente e intui de forma intensa, com forte conteúdo emocional.
É importante ressaltar nesse artigo que a regressão de memória é como um quebra-cabeça, por conta do véu do esquecimento do passado em que a cada sessão de regressão, o(a) mentor(a) espiritual do paciente vai preparando-o para mostrar-lhe gradativamente acontecimentos traumáticos de seu passado, seja desta (infância, nascimento, útero materno) ou de outras vidas, a causa de seus problemas.
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Créditos: Dr.Osvaldo Shimoda
E-mail: osvaldo.shimoda@uol.com.br