Rodolfo Benavides é um famoso escritor espiritualista mexicano, autor de
várias obras sobre espiritualismo, entre elas: “Dramáticas Profecias De La
Grande Pirâmide” (“Dramáticas Profecias da Grande Pirâmide”),”…
Entonces Seremos Dioses” (“Então Seremos Deuses”) e “Em la Noche de
los Tiempos” (“Na Noite dos Tempos”).
Na maioria de seus escritos, há muitas referências à projeção da
consciência, porém, somente no livro “Experiências Paranormales”
(“Experiências Paranormais”), em que trata de suas próprias experiências
vivenciadas, é que encontramos referências práticas sobre a projeção,
descritas de maneira simples e objetiva.
“Nesse momento, já é amplamente conhecido e comprovado que existem
no ser humano outros meios de percepção, além dos cinco sentidos que
usamos de maneira normal. Porém, o mais importante seja, talvez, o fato
de que esses outros meios possam nos proporcionar informações e
conhecimentos, tanto no passado como no futuro, sem importar tempo e
distância. Isto significa projetar essa percepção, que antes era considerada
como um “dom divino”, no tempo e no espaço, em busca do que se deseja
saber e que não está ao alcance dos cinco sentidos. Isto vem a ser a
projeção do eu interno para fora do corpo.
Alguns exercícios para alcançar estes efeitos são, na realidade, sumamente
simples, posto que todas as noites os praticamos, ao deitarmo-nos. A
diferença está em fazê-los conscientemente, a fim de conservar a memória
do que se faz, assim como dos efeitos que se buscam e se obtêm.”
EXERCÍCIOS P.E.S. (Percepção Extra-Sensorial)
1. Isolar-se completamente em uma habitação fechada, a fim de evitar
surpresas, como a de alguém que entre bruscamente;
2. Fazer com que o lugar fique bem pouco iluminado para evitar que afete a
vista e produza distração;
3. Deite-se comodamente, evitando roupas apertadas ou qualquer outro
motivo de pressão sobre o corpo;
4. Relaxar o corpo ao máximo, fazendo com que mentalmente sinta-se um
adormecimento a partir dos pés, logo após as pernas, depois o corpo, as
mãos e finalmente a cabeça. Quando se faz isto devidamente, produz-se um
adormecimento geral, quase sempre induzindo ao sono natural, fazendo com
que seja, nos primeiros intentos, o final do exercício.
Deve-se aprender a deter o sono natural precisamente neste ponto, sem
abandonar, no entanto, o relaxamento geral, ou seja, permanecer consciente
de tudo o que se está fazendo;
5. Pôr para trabalhar a imaginação. Visualizar seu interior, isto é, o corpo
astral ou etérico, começando a se levantar, desprendendo-se do corpo físico.
Não se deve ser demasiado ambicioso e querer alcançar tudo nos primeiros
exercícios, nem sequer em curto tempo; pelo contrário, o praticante deve se
conformar com pequenos avanços a cada vez e isto deve servir para lhe dar
confiança e segurança.
A princípio, de maneira geral, com os primeiros resultados positivos,
sente-se muito medo e até há pessoas que suspendem completamente os
exercícios. Há outras, porém, que o seguem com entusiasmo, à medida
que comprovam que pouco a pouco o ‘desprendimento’ está sendo maior,
mais notável e mais agradável, deixando clara consciência do que está
sucedendo. Assim, chega o momento em que, de certa altura, o praticante
vê seu próprio corpo físico que jaz sobre a cama ou lugar em que esteja
deitado.
Ao persistir no exercício com paciência, se chegará ao ponto em que o
corpo astral se põe de pé em algum lugar perto da cama, e daquele ponto
observa seu corpo adormecido.
Quando já se tem maior domínio, o corpo astral pode ir, por exemplo, até a
janela e olhar para a rua, transmitindo suas observações ao corpo físico,
para que fiquem no consciente e então possa recordar sem dificuldade.
Para chegar a este efeito avançado, deve-se começar por coisas simples
como ver no interior de alguma coisa, por exemplo, de um móvel. Uma vez
alcançado isto, já se pode atravessar a parede, sempre lentamente, até sair
do outro lado e ver o que há, para logo regressar ao corpo.
Tudo isto, que à primeira vista parece ser mera ficção, é perfeitamente
possível, mediante o correspondente treinamento.
Sem considerar o êxito que com isto se possa ter, os exercícios servem de
muito para disciplinar a mente e desenvolver o interesse, ou pelo menos a
curiosidade, que finalmente conduzirá ao estudo”.