Para que a experiência fora do corpo se torne sadia e de grande relevância para a evolução do ser, é necessário, para quem se candidate a esta tarefa, almejar certas qualidades, atitudes para que aquilo que pode ser um bem não se torne motivo de queda.
O candidato ao desdobramento deve ser portador de uma vontade inquebrantável, pois não existe nenhuma forma de evolução espiritual baseada na preguiça; é necessário que a idéia de se desdobrar seja um pensamento diário, um hábito.
É muito importante compreender que desdobramento não é turismo extra físico nem brincadeira para espiritualistas ociosos e irresponsáveis.
A coerência mostra-se como fator decisivo para o bom aproveitamento da experiência, necessária coerência no cotidiano.
Alguém incoerente na vida física, também será incoerente na experiência extra-física.
Altruísmo; porque vale mais um materialista altruísta do que um alguém que se desdobra no mundo extra-físico e é egoísta.
Ter prioridades.
Pois muitos querem desenvolver suas potencialidades espirituais, mas estão mais interessados no desfecho de sua novela predileta, no que aconteceu com o carro do vizinho do que com o desenvolvimento da própria consciência.
Conhecimento sobre o assunto, leitura freqüente de livros a respeito do assunto, procurando penetrar o, tanto quanto possível, nas questões técnicas e morais que envolvem o assunto, visando o aprimoramento da faculdade.
Ética, sempre fundamentada nos ensinamentos do mestre Jesus.
Equilíbrio emocional.
Quanto maior for seu equilíbrio emocional na vida física, maior será sua lucidez fora do corpo.
Persistência.
Honestidade consigo mesmo, com suas convicções; É importante responder à seguinte pergunta:
Qual é o real objetivo ao tentar desdobrar-se conscientemente para fora do corpo físico?
A resposta para esta pergunta encerra em si mesmo a chave para o êxito ou o fracasso no desdobramento.
Objetividade; nunca desistir dos objetivos espirituais.
Higiene física e mental.
Diz um velho ditado chinês: “Um corpo sujo sempre abriga uma alma imunda”; e um outro: “Uma mente suja sempre abriga pensamentos imundos”.
Paciência!!!
Respeito por todas as criaturas.
Não estamos acima de ninguém, os irmãos que se encontram na esfera extra-física, em situação desfavorável, são nossos irmãos em Deus e merecem todo o nosso carinho e amparo.
O segredo para se ter uma experiência extracorpórea saudável durante o sono é sempre estar munido da força básica e poderosa do universo que é o amor.
Ter uma vida lúcida.
Com relação a aquisição de conhecimento para esta tarefa vamos observar o que diz André Luiz em “Mecanismos da Mediunidade”.
“Cumpre destacar, entretanto, a importância do estudo para quantos se vejam chamados a semelhante gênero de serviço, porque segundo a lei do campo mental, cada espírito somente logrará chegar, do ponto de vista da compreensão necessária, até onde se lhe paire o discernimento”.
Podemos observar a partir das palavras de André Luiz que os vôos da alma estão delimitados pela sua compreensão.
É da lei também que não haja desperdício na economia cósmica, portanto não seria correto expor o espírito a paragens das quais não teria compreensão, e, sendo assim, não tendo aproveitamento algum no caminho evolutivo do ser.
Rememoração e Lucidez das experiências vividas:
Algumas pessoas têm uma maior predisposição para rememorar as experiências fora do corpo.
Isso se deve a cursos pré-reencarnatórios realizados por estes no plano extra-físico, ou até mesmo em reencarnações anteriores, nos quais desenvolveram seu potencial anímico mediúnico, através de processos iniciáticos de escolas de esoterismo da antiguidade, principalmente no antigo Egito e nas antigas academias espiritualistas da China e da Índia.
Observemos agora as questões fisiológicas que impedem uma boa rememoração das experiências extra-físicas:
O problema está no cérebro, nas ligações entre o tálamo que se localiza na parte posterior do cérebro e as regiões corticais.
O tálamo é o ponto que permite que a criatura conscientize as sensações recebidas pelo córtex, de modo que é responsável pela conscientização dos fatos; recebe os pulsos nervosos do córtex e transmite-os a consciência da criatura, podendo porém ser isolado, para que não atinja a consciência.
Durante o sono essa ligação entre o tálamo e as regiões corticais é isolada, o que impede que tenhamos a rememoração perfeita dos fatos ocorridos durante o sono.
Vejamos o que diz a respeito Carlos Torres Pastorino na obra “Técnica da Mediunidade”.
“Se o corpo astral se afasta do corpo físico, vive sua própria vida independente, se o que vive se comunica ao tálamo, este pode comunicá-lo, ao despertar, ao córtex, e a pessoa se recorda do que viveu realmente.”
Além do que já foi citado, podemos ainda observar o quesito autorização, que se obtém ou não das esferas superiores para rememoração dos fatos ocorridos nos planos extra-físicos, levando em consideração a repercussão que isso terá na vida da pessoa. Auxiliará ou prejudicará o processo evolutivo em curso?
Destino do ser desdobrado
Em primeiro lugar é necessário possuir um corpo astral adequado, que por ser o corpo emocional, é quase desnecessário dizer que o bom funcionamento deste corpo depende do nosso equilíbrio emocional. Isso só ocorre quando mantemos este veículo limpo ou seja, sem plaquetas emocionais densas, abastecido de grande capacidade energética.
Um corpo astral em péssimo estado pode trazer riscos a integridade espiritual pois, estando em desequilíbrio, será atraído por correspondência de freqüência (sintonia) para o plano extra físico denso (Umbral), o que pode acarretar em perda de energia e (ou) trauma emocional.
É sempre bom lembrar que um corpo astral em situação X será atraído para uma dimensão X correspondente.
Portanto, é imprescindível uma avaliação do contexto emocional-energético e, dentro do possível, descobrir os pontos fracos e ajustá-los, equilibrá-los.
Vejamos o que diz a esse respeito o espírito André Luiz na obra “Evolução em dois mundos”.
– “Durante o sono, a mente suscetível a influenciação dos desencarnados, que evoluídos ou não, lhe visitam o ser, atraídos pelos quadros que se lhe filtram da aura, ofertando-lhes auxílio eficiente quando se mostre inclinada a ascensão de ordem moral, ou sugando-lhe as energias e assoprando-lhe sugestões infelizes quando, pela própria ociosidade ou intenção maligna, adere ao consórcio psíquico de espécie aviltante, que lhe favorece a estagnação na preguiça ou a envolve nas obsessões viciosas pelas quais se entregam a temíveis contratos com as forças sombrias.”
– “O corpo espiritual acompanha, de inicio, o impulso da corrente mental que por ele extravasa”.
E o mesmo autor na obra “Mecanismos da Mediunidade”
“Nesse estágio evolutivo permanecem milhões de pessoas – representando a faixa de evolução mediana da Humanidade, rendendo-se, cada dia, ao impositivo do sono ou hipnose natural de refazimento, em que se desdobram, mecanicamente, entrando, fora do indumento carnal, em sintonia com as entidades que se lhe revelam afins, tanto na ação construtiva do bem, quanto na ação deletéria do mal, entretecendo-se-lhes o caminho da experiência que lhes é necessário a sublimação no porvir.”
E logo em seguida,
“Desdobrando-se, no sono vulgar, a criatura segue o rumo da própria concentração, procurando automaticamente, fora do corpo de carne, os objetivos que se casam com o seus interesses evidentes ou escusos.”
Desdobramento e música
Existem alguns tipos de músicas, que também são utilizadas para relaxamento, que induzem o cérebro a produzir ondas alfa, que estão relacionadas com o relaxamento e a criatividade (intelectual, artística ou espiritual) da pessoa e que, em alguns casos, pode facilitar o desdobramento, pois favorecem a soltura energética dos veículos de manifestação.
Desdobramento e Alimentação:
Baseado em pesquisas realizadas a este respeito e à própria experiência, o fato da pessoa comer determinado tipo de alimento não determina maior facilidade ou dificuldade para desdobrar-se.
Por exemplo, não seria correto afirmar que uma pessoa que não come carne vermelha terá maior facilidade de desdobrar-se, ao passo que uma pessoa, que nutre-se de carne vermelha, terá maior dificuldade para desdobrar-se.
A minha alimentação contém carne vermelha e derivados, nem por isso deixei de vivenciar experiências extracorpóreas com lucidez.
Devemos prestar atenção no que vamos ingerir, algumas horas antes do sono físico.
Isso sim pode fazer a diferença.
Não é recomendado alimentar-se duas horas antes de deitar, pois qualquer alimento seja carne ou arroz, ou feijão, provocará atividade digestiva e isso sim pode ser um empecilho para quem deseja desdobrar-se, pois o corpo, em atividade digestiva ou qualquer outro tipo de atividade, dificulta o afrouxamento dos liames energéticos que o prendem aos corpos sutis.
Desdobramento e drogas
Há muitos pacientes que tiveram experiências fora do corpo, durante uma intervenção cirúrgica.
Há muitos relatos em livros especializados no assunto.
A ação do anestésico faz com que o metabolismo do corpo caia provocando o deslocamento do corpo astral.
Drogas como a maconha, cocaína, heroína, o haxixe, o crack, o LSD entre outras drogas pesadas, também podem provocar desdobramentos.
Mas, nesta modalidade, há o agravante de que espíritos desencarnados doentes, viciados na energia dessas drogas, se aproximarão dessa pessoa desdobrada (por sintonia energética) com a finalidade de vampirizá-la.
Importante frisar também que aqueles que pretendem desdobrar-se não abusem da utilização de alcoólicos, pois há muitos alcoólatras desencarnados os esperando para transformá-los em taças vivas!
“Todo o exagero, físico ou espiritual leva ao desequilíbrio da alma”
desdobramento espiritual
7. Assistência extrafísica:
O valor da consciência está claramente delineado no serviço desinteressado que se possa prestar à coletividade física e extra física.
Mediante processos específicos de transmissão de energia, os trabalhadores extra físicos usam o ser desdobrado como doador de energia para pessoa enferma (na maioria das vezes já desencarnadas e sem se aperceberem disso).
Os enfermos desencarnados, muitos deles portam no corpo espiritual energias densas, oriundas de desequilíbrios variados, na existência terrestre.
Além disso, como o corpo astral reflete fielmente o que a consciência pensa e sente, as formas mentais engendradas pelo pensamento negativo aderem a sua aura, gerando com isso sérios bloqueios espirituais que mantém a entidade agregada vibratoriamente aos níveis extra físicos mais densos, ou como, acontece comumente, no campo energético da própria crosta terrestre.
Mediante a isto, os trabalhadores espirituais utilizam as energias da pessoa desdobrada, pois estas também manifestam, na maioria das vezes, energias densas que são compatíveis com as energias dos enfermos extra físicos. Então os trabalhadores espirituais utilizam as energias densas do cordão de prata do projetor e de seu duplo Etérico ligado ao corpo.
Vejamos mais uma vez o que diz a esse respeito André Luiz na obra “No mundo maior”.
– “A libertação pelo sono é o recurso imediato de amparo fraterno. A princípio, recebem-nos a influência inconscientemente; em seguida porém, fortalecem a mente, devagarinho, gravando-nos no concurso da memória, apresentando idéias, alvitres sugestões, pareceres e inspirações beneficentes e salvadoras, através de recordações imprecisas”.
E mediante a isso André Luiz comenta a respeito da oportunidade que significa ter essa faculdade desenvolvida:
“Milhões de homens e mulheres a dormir em cidades próximas, algemados aos interesses imediatos e ansiando a permuta das mais vis sensações, nem de longe suspeitariam a existência daquela original aglomeração de candidatos a luz íntima, convocados a preparação intensiva para incursões mais longas e eficientes na espiritualidade superior.
Teriam noção do sublime ensejo que lhes aprazia?
Aproveitariam a dádiva com suficiente compreensão dos valores eternos?
Marchariam desassombrados para frente, ou estacionariam ao contato dos primeiros óbices, no esforço iluminativo?”
“Enquanto vossa organização fisiológica repousa a distância, exercitando-se para morte, vossas almas quase libertas partilham conosco a fraternidade e a esperança, adestrando faculdades e sentimentos para a verdadeira vida”.
Mediante a pesquisa realizada, é possível observar que o Desdobramento, mais do que qualquer outra coisa, é uma oportunidade de nos melhorarmos e servirmos ao bem, beneficiando todos os necessitados nas zonas física e extra-física, conforme a capacidade de quem esteja na tarefa em curso.
É impossível não perceber que a utilização desta faculdade, bem como de todas as outras que o Pai nos concede, deve ser administrada com extremo bom senso, afim de que a oportunidade não se torne motivo de queda, sempre tendo como base das nossas ações o ensinamento do magnânimo MESTRE, “amai-vos uns aos outros como EU vos amei”.
Ou seja, amar incondicionalmente, de forma que possamos sublimar tudo o que nos foi dado, até mesmo porque Ele também deixa a advertência.
“Aquele que não tem, até o que pensa ter lhe será tirado”.
Portanto, devemos ter as nossas mentes em qualquer circunstância, sempre voltadas para o bem de todos sem exceção.
O desdobramento exige prudência, pois nos coloca diretamente em contato com o mundo dos espíritos, onde não há máscaras, e ninguém poderá transgredir a Lei de afinidade espiritual, assim, aquele que se candidatar ao desenvolvimento desta faculdade necessita primeiramente observar-se, melhorar-se, corrigir-se o melhor possível, para não tornar o que poderia ser imensamente produtivo em um oceano de desacertos.
O Mestre também disse.
“Aquele que faz a vontade do meu Pai é meu irmão”.
Estejamos sempre orientados para o bem que permitirá que sempre sejamos amparados pelo Mestre.
O conhecimento nada pode perto de tudo que o AMOR pode!
Porque, quando um irmão está no cume da dor, do remorso, do flagelo, nenhuma técnica, nenhuma faculdade, nada é mais poderoso e eficaz do que o AMOR que JESUS nos ensinou.
(Pesquisa realizada po Leandro Brancher de Oliveira)
Obras consultadas
1. André Luiz – Francisco Cândido Xavier (Nos domínios da Mediunidade), FEB.
2. André Luiz – Francisco Cândido Xavier (Mecanismos da Mediunidade), FEB.
3. André Luiz – Francisco Candido Xavier (No Mundo Maior), FEB.
4. André Luiz – Francisco Cândido Xavier (Evolução em dois Mundos), FEB.
5. Carlos Torres Pastorino (Técnica da Mediunidade).
6. Wagner Borges, (Viagem espiritual II).
7. A Bíblia Sagrada, Edição Pastoral.
Grande beijo no coração
Bell-Taróloga