Vamos saber um pouco mais dessa Orixá tão amada por todos.
Iemanjá a Mãe e Rainha das águas, dia 02 de fevereiro comemora-se o seu dia.
“Tem coisa mais bonita e mais forte que a cultura de um povo?
Tem não!
Dia 02 de fevereiro é dia de festa no mar, quando gente de todo canto do mundo esquece suas diferenças e se reúne no Rio Vermelho para pedir a bênção da Rainha do Mar.
Não tem coisa mais bonita de se ver.”
(Dorival Caymmi)
Saudação à Iemanjá, a Rainha do Mar: Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba
Yemanjá, Iemanjá, Janaína, Rainha do Mar, Aiucá, Dona Janaína, Inaê ou Maria princesa do Aioká é um orixá africano cujo nome deriva da expressão ioruba Yéyé omo ejá (“Mãe cujos filhos são peixes”).
É identificada no jogo do merindilogun pelos odus ejibe e ossá.
É representado no candomblé através do assentamento sagrado denominado igba yemanja.
“Aioká” é uma possível corruptela de Abeokuta, cidade nigeriana onde, segundo as lendas, teria nascido Iemanjá.
África
Na mitologia ioruba, o dono do mar é Olokun, que é pai de Iemanjá, sendo ambos de origem Egbá.
Yemojá é saudada como Odò (“rio”) ìyá (“mãe”) pelo povo Egbá, por sua ligação com Olokun, orixá do mar (masculino no Benim e feminino em Ifé), referida como sendo a “rainha do mar” em outros países.
É cultuada no rio Ògùn, em Abeokuta.
História
Pierre Verger, no livro Dieux d’Afrique6 , registrou: “Iemanjá é o orixá das águas doces e salgadas dos Egbá, uma nação yoruba estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemoja. As guerras entre nações yorubas levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokuta, no início do século XIX. Não lhes foi possível levar o rio, mas transportaram consigo os objetos sagrados, suportes do axé da divindade.
O rio Ògùn8 , que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada de Iemanjá.
Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún (Ogum), o orixá do ferro e dos ferreiros.”
Brasil
Representação popular de Iemanjá no candomblé e umbanda
No Brasil, a orixá goza de grande popularidade entre os seguidores de religiões afro-brasileiras e até por membros de religiões distintas.
Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 2 de fevereiro, a maior festa do país em homenagem à “Rainha do Mar“.
A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até o templo mor, localizado no bairro Rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas, tais como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados.
Todavia, na cidade de São Gonçalo, os festejos acontecem no dia 10 de fevereiro.
Outra festa importante dedicada a Iemanjá ocorre durante a passagem de ano no Rio de Janeiro e em todo litoral brasileiro.
Milhares de pessoas comparecem e depositam no mar, oferendas para a divindade.
A celebração também inclui o tradicional “banho de pipoca” e as sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como forma de pedir sorte à orixá.
Na umbanda, é considerada a divindade do mar.
Iemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta.
Jorge Amado
No ano de 2008, dia 2 de fevereiro, a Festa de Iemanjá do Rio de Janeiro, na Bahia, coincidiu com o carnaval.
Os desfiles de trios elétricos foram desviados da região até o fim da tarde, para que as duas festas acontecessem ao mesmo tempo.
Antecedendo o réveillon de 2008, devotos da orixá das águas estiveram nesse momento, com suas preces dirigidas a um arranha-céus, em forma de um monólito negro, na Praia do Leme, em Copacabana, onde era costume, no último minuto do ano, surgir uma cascata de fogo, no topo desse monólito, iluminando o entorno bem como as oferendas.
Todo réveillon, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Copacabana, milhares de pessoas se reúnem para cantar e presentear Iemanjá, jogando presentes e rosas no mar.
Além da grande diversidade de nomes africanos pelos quais Iemanjá é conhecida, a forma portuguesa Janaína também é utilizada, embora em raras ocasiões.
A alcunha, criada durante a escravidão, foi a maneira mais branda de “sincretismo” encontrada pelos negros para a perpetuação de seus cultos tradicionais sem a intervenção de seus senhores, que consideravam inadmissíveis tais “manifestações pagãs” em suas propriedades.
Embora tal invocação tenha caído em desuso, várias composições de autoria popular foram realizadas de forma a saudar a “Janaína do Mar” e como canções litúrgicas.
Pela primeira vez, em 2 de fevereiro de 2010, uma escultura de uma sereia negra, criada pelo artista plástico Washington Santana, foi escolhida para representação de Iemanjá no grande e tradicional presente da festa do Rio Vermelho, em Salvador, na Bahia, no Brasil, em homenagem à África e à religião afrodescendente.
Arquétipo
Seus filhos e filhas são serenos, maternais, sinceros e ajudam a todos sem exceção.
Gostam muito de ordem, hierarquia e disciplina.
São ingênuos e calmos até demais, mas, quando se enfurecem ,são como as ondas do mar, que batem sem saber onde vão parar.
São vaidosos mais com os cabelos.
Suas filhas sabem seduzir e encantar com a beleza e mistérios de uma sereia.
Geralmente, as filhas de Iemanjá têm dificuldade em ter filhos, pois já são mães de coração de todos.
Qualidades
Yemowô – que, na África, é mulher de Oxalá
Iyamassê – é a mãe de Sàngó.
Yewa – rio africano paralelo ao rio Ògún e que frequentemente é confundido em algumas lendas com Yemanjá,
Olossa – lagoa africana na qual desaguam os rios Yewa e Ògún,
Iemanjá Ogunté – que casa com Ògún Alagbedé,
Iemanjá Asèssu – muito voluntariosa e respeitável,
Iemanjá Saba ou Assabá – está sempre fiando algodão.
É a mais velha.
Dia: sábado.
Data: 2 de fevereiro.
Metal: prata e prateados.
Cor: azul
Comida: manjar branco, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, ebôya, ebô e vários tipos de furá, melancia, cocada branca.
Arquétipo dos seus filhos: voluntarioso, fortes, rigorosos, protetores, caridosos, solidários em extremo, ingênuos, amigo, tímido, vaidosos com os cabelos principalmente, altivos, temperamentais, algumas vezes impetuosos e dominadores, e tem um certo medo do mar.
Símbolos: abebé prateado, alfange, agadá, obé, peixe, couraça, adê, braceletes, e pulseiras.
Sincretismo
Oferenda para Iemanjá no candomblé do Ile Ase Ijino Ilu Orossi
Existe um sincretismo entre as santas católicas Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora da Glória, e a orixá da Mitologia Africana Iemanjá.
Em alguns momentos, inclusive em festas, as santas católicas e africanas se fundem.
No Brasil, tanto Nossa Senhora dos Navegantes como Iemanjá têm sua data festiva no dia 2 de fevereiro.
Costuma-se festejar o dia que lhe é dedicado, com uma grande procissão fluvial.
Uma das maiores festas ocorre em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, devido ao sincretismo com Nossa Senhora dos Navegantes.
No mesmo estado, em Pelotas a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes vai até o Porto de Pelotas.
Antes do encerramento da festividade católica acontece um dos momentos mais marcantes da festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Pelotas, que em 2008 chegou à 77ª edição.
As embarcações param e são recepcionadas por umbandistas que carregavam a imagem de Iemanjá, proporcionando um encontro ecumênico assistido da orla por várias pessoas.
No dia 8 de dezembro, outra festa é realizada à beira mar baiana: a Festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia.
Esse dia, 8 de dezembro, é dedicado à padroeira da Bahia, Nossa Senhora da Conceição da Praia, sendo feriado municipal em Salvador.
Também nesta data é realizado, na Pedra Furada, no Monte Serrat, em Salvador, o presente de Iemanjá, uma manifestação popular que tem origem na devoção dos pescadores locais à Rainha do Mar – também conhecida como Janaína.
Na capital da Paraíba, a cidade de João Pessoa, o feriado municipal consagrado a Nossa Senhora da Conceição, 8 de dezembro, é o dia de tradicional festa em homenagem a Iemanjá.
Todos os anos, na Praia de Tambaú, instala-se um palco circular cercado de bandeiras e fitas azuis e brancas ao redor do qual se aglomeram fiéis oriundos de várias partes do Estado e curiosos para assistir ao desfile dos orixás e, principalmente, da homenageada.
Pela praia, encontram-se buracos com velas acesas, flores e presentes.
Em 2008, segundo os organizadores da festa, 100 mil pessoas compareceram ao local.
Festa do Rio Vermelho
Ialorixá e filhos na entrega da oferenda a Iemanjá.
A tradicional Festa de Iemanjá na cidade de Salvador, capital da Bahia, tem lugar na praia do Rio Vermelho todo dia 2 de Fevereiro.
Na mesma data, Iemanjá também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais.
A festa católica acontece na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, na Cidade Baixa, enquanto os terreiros de candomblé e umbanda fazem divisões cercadas com cordas, fitas e flores nas praias, delimitando espaço para as casas de santo que realizarão seus trabalhos na areia.
Angola
Em Angola existe a crença na divindade que se chama Kianda , equivalente a Iemanjá protetora dos pescadores e rainha das águas.
Faz-se todo ano a Festa da Kianda em Luanda em outros bairros praianos de Luanda, na provincia de Bengo na lagoa do Ibendoa.
Porto Alegre
A Festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Porto Alegre é a maior festa religiosa da cidade brasileira do sul do Brasil, e homenageia Nossa Senhora dos Navegantes e seu sincretismo afro-brasileiro.
É realizada no dia 2 de fevereiro de cada ano desde 1870.
Originalmente constava de uma procissão fluvial, com embarcações que singravam o Lago Guaíba desde o cais do porto, levando a imagem da santa do centro da cidade até a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes.
Hoje, por determinação impeditiva da Capitania dos Portos, a procissão é terrestre, levando a imagem desde a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, no centro da cidade, até a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes.
Os organizadores da festa consideram que esta é a segunda maior romaria religiosa do País, ficando atrás apenas do Círio de Nazaré realizada em Belém do Pará.
Com uma grande participação popular tanto na realização da festa, como nas comemorações
Cuba
Em Cuba, Yemayá também tem as cores azul e branca, é uma rainha do mar negra, assume o nome cristão de La Virgen de Regla14 e faz parte da santería como santa padroeira dos portos de Havana.
Lydia Cabrera fala em sete nomes igualmente, especificando que apenas uma Iemanjá existe, à qual se chega por sete caminhos.
Seu nome indica o lugar onde ela se encontra.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Lenda Africana
Yemojá “Iemanjá” era filha de Olokum o Deus do mar.
Em Ifé, tornou-se a esposa de Olofin-Oduduá, com quem teve dez filhos, todos Orixás.
Cansada de morar em Ifé, Yemojá fugiu na direção do entardecer da terra, como os Yorubás chamavam o oeste.
Chegando a Abeokutá, Yemojá conheceu o Rei Okerê, e logo se apaixonaram.
Okerê encantado com a sua beleza, propôs-lhe casamento. Yemojá aceitou com uma condição, que ele jamais ridicularizasse o tamanho de seus seios.
Mas um dia, Okerê embriagou-se, e começou a gracejar sobre os enormes seios da esposa, ofendida Yemojá fugiu.
Okerê colocou seus guerreiros para capturá-la.
Desde menina trazia consigo uma garrafa com uma poção que o pai lhe dera com a recomendação, que só abrisse em caso de perigo.
Mas Yemojá tropeçou, a garrafa quebrou e sua poção transformou-se em um rio de águas tumultuadas que a levaram em direção ao oceano. Okerê tentou impedir a fuga de sua mulher, e transformou-se numa colina para barrar o curso das águas.
Yemojá vendo bloqueado seu caminho, pediu ajuda ao seu filho Xangô, que lançou um raio sobre a colina, que se abriu no meio, dando passagem ao rio.
Yemojá foi para o mar e nunca mais voltou para a terra.
Ainda existe na Nigéria uma colina dividida em duas, de nome Okerê, que dá passagem ao rio Ogun, que corre para o oceano.
Sincretismo de Iemanjá
No sincretismo religioso, Iemanja é associada a outras Santas, na Igreja Católica é Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria.
Em cada região do Brasil, Iemanjá é festejada em diferentes datas.
No Rio de Janeiro é festejada no dia 31 de Dezembro, com a passagem de ano.
Na Bahia sua data é comemorada no dia 02 de fevereiro, e em Santos SP, o dia de Iemanjá é comemorado no dia 08 de dezembro na Praia Grande.
A fé em Nossa Senhora dos Navegantes chegou ao Brasil através dos navegadores europeus, principalmente os portugueses.
Aqueles que viajavam, pediam proteção a Santa para retornarem a salvos a terra.
Nossa Senhora dos Navegantes era vista como protetora contra, as tempestades e demais perigos que o mar ofereciam aos viajantes.
A primeira estátua foi trazida de Portugal pelos navegadores.
Nossa Senhora dos Navegantes também é conhecida pelo nome de, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Boa Viagem e Nossa Senhora da Esperança.
Seu sincretismo na Umbanda e no Candomblé é Iemanjá.
Sua data de comemoração é no dia 02 de fevereiro, costuma-se festejar o seu dia com grandes procissões fluviais.
Festa em Salvador
Todos os anos, no dia 02 de fevereiro milhares de baianos e turistas lotam as praias do Rio Vermelho para reverenciar Iemanjá.
A tradição começou em 1923, com um grupo de 25 pescadores, que ofereceram presentes para agradar a Mãe D’Água, pois os peixes estavam escassos.
Desde a madrugada devotos formam filas imensas para colocar oferendas e pedidos nos balaios que ficam na Casa do Peso da colônia de pescadores. As homenagens começam em outros locais da cidade e vão se dirigindo ao bairro do Rio Vermelho.
No fim da tarde, um cortejo com centenas de embarcações levam para o alto-mar os balaios carregados de presentes, pentes, espelhos, sabonetes, perfumes, flores, e até jóias, tudo para agradar a Rainha do Mar.
O saveiro que leva o presente principal dos pescadores puxa o cortejo até o local onde os balaios são arriados com pedidos de boa pescaria e águas calmas, dizem os pescadores que, se os balaios não afundarem, é sinal de que Iemanjá não aceitou.
Em terra, a emoção toma conta dos devotos.
O batuque do samba-de-roda e afoxé, animam as ruas, durante todo o dia.
Salve a Rainha do Mar! Odoyá!
Em frente a Casa do Peso, tem uma linda escultura de sereia representando Iemanjá.
Desde cedo formam-se filas para entregar presentes, flores e cartinhas com pedidos, para serem levados pelos barcos em alto mar.
Simpatias para Iemanjá
Simpatia para garantir paz, tranqüilidade e prosperidade
Misture pétalas de rosas brancas, arroz cru e um perfume de sua preferência e passe pelo corpo.
Olhando para o mar, reze para Iemanjá pedindo paz e prosperidade, para o ano que está chegando.
A seguir, tire os sapatos e entre no mar vestido com uma roupa branca.
Dê três mergulhos e saia da água de costas para a areia.
Abrir caminho para o amor
Pegue um copo novo, que nunca tenha sido usado, e encha com água e uma pitada de sal.
Coloque uma rosa branca dentro.
Quando essa rosa estiver murcha, você deve tomar banho com a água.
A simpatia deve ser feita no terceiro dia depois da Lua Nova, de preferência no mês de junho, o mês dos namorados.
PRECE A IEMANJÁ
Salve Rainha do mar, minha mãe Janaína.
Canto à Iemanjá…
Adolê, Odoyá minha mãe!
Banha o meu corpo, limpa minha alma.
Renova meu espírito, me abriga em teu íntimo…
Mãe d’água Odoyá!
Bela sereia, deusa da beleza, traz-me um amor, um beijo de mar.
Traz pra mim as certezas de um presente próspero, da saúde do corpo, a leveza da alma.
Canta ao meu ouvido, encanta os meus sentidos, e eu me entrego ao mar.
Banha meu corpo, limpa minha alma, renova meu espírito, me abriga em teu íntimo…
Mãe d’água Odoyá!
Canto à Janaína!
Linda donzela, mulher dos sete mares, teu porto está nos ares, onde quiser que esteja, dá-me segurança, constância e prudência, permite um banho de mar ao luar, permite na areia da praia eu deitar…
Faz real o meu sonhar mãe d’água, traz amor pra eu amar.
Canto a ti Iemanjá!
Adolê, Odoyá mainha!
Salve a Senhora dama.
Salve a Guerreira eleita princesa no templo do mar Adolê, Odoyá!
Agradeço pelo que virá, pois o melhor será.
Com a graça e a força de Iemanjá.
Rogo a ti Janaína…
Adolê, Odoyá!
Minha mãe de alma!
Pontos de Iemanjá
*Oh! Iemanjá…
Seus filhos vêm trabalhar.
Salve a Sereia, proteção da falange do mar.
*Pus-me a escrever na areia com conchinhas de Iemanjá fiz ponto de Mãe Sereia veio a onda desmanchar.
Pus-me a contar as ondas não pude acabar vou pedir ao Rei das Águas, para o meu ponto firmar.
(Fonte: Iemanjá a Rainha do Mar)
Iemanjá – Lenda – Mito
Afrodite brasileira”, Iemanjá é a padroeira dos amores e muito solicitada em casos de desafetos, paixões conflituosas, desejos de vinganças, tudo pode ser conseguido caso ela consinta.
Iemanjá exerce fascínio nos homens, sua beleza é o esteriótipo da beleza feminina: Longos cabelos negros, feições delicadas, corpo escultural e muito vaidosa.
Têm poderes sobre todos aqueles que entram em seu domínio, o mar.
Venerada e respeitada por pescadores e todos aqueles que vivem no mar, pois a vida dessas pessoas estão em suas mãos, segunda a lenda é ela quem decide o destino das pessoas que adentram seu império: enseadas, golfos e baías. Dona de poderes, a tranquilidade do mar ou as tempestades estão sob o seu domínio.
Iemanjá também é conhecida como deusa lunar, rege os ciclos da natureza que estão ligados a água e caracteriza a “Mudança”, na qual toda mulher é submetida devido a influência dos ciclos da lua.
Mãe de quase todos os órixas, é a deusa da compaixão, do perdão e do amor incondicional.
Casada com Oxalá, Iemanjá é o arquétipo da maternidade.
Outras vezes Iemanjá continua bela, mas pode apresentar-se como a Iara, metade mulher, metade peixe, as sereias dos candomblés do caboclo.
LENDA
(Arthur Ramos)
Com o casamento de Obatalá, o Céu, com Odudua, a Terra, que se iniciam as peripécias dos deuses africanos.
Dessa união nasceram Aganju, a Terra, e Iemanjá (yeye ma ajá = mãe cujos filhos são peixes), a Água.
Como em outras antigas mitologias, a terra e a água se unem. Iemanjá desposa o seu irmão Aganju e tem um filho, Orungã.
Orungã, o Édipo africano, representante de um motivo universal, apaixona-se por sua mãe, que procura fugir de seus ímpetos arrebatados.
Mas Orungã não pode renunciar àquela paixão insopitável.
Aproveita-se, certo dia, da ausência de Aganju, o pai, e decide-se a violentar Iemanjá.
Essa foge e põe-se a correr, perseguida por Orungã.
Ia esse quase alcançá-la quando Iemanjá cai no chão, de costas e morre.
Imediatamente seu corpo começa a dilatar-se.
Dos enormes seios brotaram duas correntes de água que se reúnem mais adiante até formar um grande lago.
E do ventre desmesurado, que se rompe, nascem os seguintes deuses: Dadá, deus dos vegetais; Xango, deus do trovão; Ogum, deus do ferro e da guerra; Olokum, deus do mar; Oloxá, deusa dos lagos; Oiá, deusa do rio Niger; Oxum, deusa do rio Oxum; Obá, deusa do rio Obá; Orixá Okô, deusa da agricultura; Oxóssi, deus dos caçadores; Oké, deus dos montes; Ajê Xaluga, deus da riqueza; Xapanã (Shankpannã), deus da varíola; Orum, o Sol; Oxu, a Lua.
Os orixás que sobreviveram no Brasil foram: Obatalá (Oxalá), Iemanjá (por extensão, outras deusas-mães) e Xango (por extensão, os outros orixás fálicos).
Com Iemanjá, vieram mais dois orixás yorubanos, Oxum e Anamburucu (Nanamburucu).
Em nosso país houve uma forte confluência mítica: com as Deusas-Mães, sereias do paganismo supérstite europeu, as Nossas Senhoras católicas, as iaras ameríndias.
A Lenda tem um simbolismo muito significativo, contando-nos que da reunião de Obatalá e Odudua (fundaram o Aiê, o “mundo em forma”), surgiu uma poderosa energia, ligada desde o princípio ao elemento líquido.
Esse Poder ficou conhecido pelo nome de Iemanjá.
Durante os milhões de anos que se seguiram, antigas e novas divindades foram unindo-se à famosa Orixá das águas, como foi o caso de Omolu, que era filho de Nanã, mas foi criado por Iemanjá.
Antes disso, Iemanjá dedicava-se à criação de peixes e ornamentos aquáticos, vivendo em um rio que levava seu nome e banhava as terras da nação de Egbá.
Quando convocada pelos soberanos, Iemanjá foi até o rio Ogun e de lá partiu para o centro de Aiê para receber seu emblema de autoridade: o abebé (leque prateado em forma de peixe com o cabo a partir da cauda), uma insígnia real que lhe conferiu amplo poder de atuar sobre todos os rios, mares, e oceanos e também dos leitos onde as massas de águas se assentam e se acomodam.
Obatalá e Odudua, seus pais, estavam presentes no cerimonial e orgulhosos pela força e vigor da filha, ofereceram para a nova Majestade das Águas, uma jóia de significativo valor: a Lua, um corpo celeste de existência solitária que buscava companhia.
Agradecida aos pais, Iemanjá nunca mais retirou de seu dedo mínimo o mágico e resplandecente adorno de quatro faces.
A Lua, por sua vez, adorou a companhia real, mas continuou seu caminho, ora crescente, ora minguante…, mas sempre cheia de amor para ofertar.
A bondosa mãe Iemanjá, adorava dar presentes e ofereceu para Oiá o rio Níger com sua embocadura de nove vertentes; para Oxum, dona das minas de ouro, deu o rio Oxum; para Ogum o direito de fazer encantamentos em todas as praias, rios e lagos, apelidando-o de Ogum-Beira-mar, Ogum-Sete-ondas entre outros.
Muitos foram os lagos e rios presenteados pela mãe Iemanjá a seus filhos, mas quanto mais ofertava, mais recebia de volta.
Aqui se subtrai o ensinamento de que “é dando que se recebe”.
Meu respeito e admiração pela cultura e a crença.
Fonte: Leões Cordeiros-Arte e Cultura
Dois de Fevereiro
Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
A saudar Iemanjá
Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
A saudar Iemanjá
Escrevi um bilhete a ela Pedindo pra ela me ajudar
Ela então me respondeu
Que eu tivesse paciência de esperar
O presente que eu mandei pra ela
De cravos e rosas vingou
Chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou
Chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou
Maria Bethânia
Compositor: Dorival Caymmi
Que nossa mãe Iemanjá proteja a todos nós hoje e sempre!!
Salve Iemanjá a Rainha do Mar.
Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba
Veja também o Horóscopo do dia
Grande Beijo
Bell-taróloga