Festa de Santa Bárbara e Iansã tem programação com shows à tarde no Centro Histórico de Salvador.
Entre as atrações, está a cantora Mariene de Castro que sobe ao palco às 18h desta segunda-feira (4).
O dia de Santa Bárbara é iniciado com uma missa na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Largo do Pelourinho, logo pela manhã, seguida de uma procissão pelas ruas do Centro Histórico até a Rua José Joaquim Seabra, também conhecida como Baixa dos Sapateiros.
Um dos pontos altos da festa é a saudação no Quartel do Corpo de Bombeiros, já que Santa Bárbara é considerada a padroeira da corporação.
A parte musical dos festejos à Santa Bárbara e Iansã, nesta segunda-feira (4), vai tomar, durante a tarde, as ruas do Centro Histórico de Salvador.
A programação é gratuita.
Pela manhã, as ruas foram ocupadas por fiéis em missa campal e caminhada em peregrinação.
O palco principal da festa, no Largo do Pelourinho, abre a grade de shows às 14h, com a apresentação de Jorginho Commancheiro, cantor e carnavalesco, além de filho devoto de Santa Bárbara.
O grupo Partido Popular continua os festejos, subindo ao palco às 15h30.
A cantora e atriz Mariene de Castro abre a noite de homenagens à Santa Bárbara apresentando o show “Toda Casa tem seu Santo”, às 18h.
O evento encerra com a banda Viola de Doze, que se apresenta às 20h30.
A Bahia é a terra de “todos os santos, encantos e axé”, como nos versos cantados por Moraes Moreira, não é incomum encontrar histórias de fé calcadas no sincretismo.
Para os religiosos do Candomblé, a data é voltada para render homenagens a Iansã.
A antropóloga e pesquisadora de religiões africanas Mirela Dias pontua que o sincretismo nasceu como uma forma de africanos capturados e escravizados terem liberdade para cultuar seus ritos religiosos. “Iansã não é representada por Santa Bárbara por causa de semelhanças nas histórias das mulheres que elas representam. Bárbara, por exemplo, era virgem e reclusa, Iansã era poligâmica”.
“O que há de igual é que são mulheres guerreiras, representadas pela cor vermelha e pelas tempestades”, explica a antropóloga
Programação
A festa de Santa Bárbara abre o calendário das programações religiosas do verão da Bahia.
Em dezembro de 2008, a festa de Santa Bárbara ganhou o título de patrimônio imaterial do estado.
O título foi revalidado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) em agosto deste ano.
Em 2017, o tema é “Santa Bárbara, filha da Virgem Maria, discípula e missionária de Jesus, nos auxilia na fé”.
As homenagens começaram às 5h, com uma alvorada na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (Pelourinho).
A tradicional missa campal será às 8h, presidida pelo padre Lázaro Muniz.
Após a Celebração Eucarística, uma procissão sai do Rosário de Pretos, passará pelas ruas Gregório de Mattos, João de Deus, Terreiro de Jesus, Praça da Sé e Ladeira da Praça.
A parada final foi no Corpo de Bombeiros, na Barroquinha, quando os devotos fizeram uma parada para homenagear a padroeira da corporação e seguiram pela Baixa dos Sapateiros, até voltar ao Pelourinho.
5h – Centro Histórico: Alvorada de Fogos
8h – Largo do Pelourinho: Missa campal e procissão
Largos do Pelô
Os largos do Pelourinho – Pedro Archanjo, Tereza Batista e Quincas Berro d’Água – serão reabertos à população após quatro meses de serviços de requalificação e modernização.
No Largo Pedro Archanjo, se apresenta o grupo Catadinho do Samba, às 15h. Em seguida, às 17h30, tem a banda Amizade Partidária.
No Largo Tereza Batista, estarão os amigos do Grupo Nó na Madeira a partir das 15h.
Por lá, onde o palco foi restaurado e ganhou um novo layout, ainda se apresenta o Grupo Aro 7, às 17h30.
No Largo Quincas Berro d’Água, muitas vezes lembrado como uma casa para os sambistas, a reinauguração será feita já em clima de carnaval.
Os blocos Fogueirão e Jaké vão se unir para o “Vou com Fé… Samba de Oyá”, primeiro ensaio para a folia de 2018. A programação acontece das 15h às 20h.
Serviço
Todas as apresentações são gratuitas
Fonte: G1