A lancha da Associação de Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab) naufragou por volta das 7h pouco depois de sair do terminal de Mar Grande, na Ilha de Itaparica, a caminho de Salvador.
A lancha da Associação de Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab) naufragou por volta das 7h pouco depois de sair do terminal de Mar Grande, na Ilha de Itaparica, a caminho de Salvador.
Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), responsável pelo transporte marítimo, informou que a embarcação tinha capacidade total para 160 pessoas.
Lancha tinha capacidade para 160 pessoas e transportava 120 passageiros e quatro tripulantes.
Até o momento foi confirmado 18 mortos.
Ao menos 18 pessoas morreram após uma lancha virar na travessia entre Mar Grande e Salvador, na Baía de Todos-os-Santos, na manhã desta quinta-feira (24).
Inicialmente as autoridades haviam informado que 22 pessoas tinham morrido, depois falaram em 23 vítimas, mas às 15h50 o número foi revisado e alterado para 18 mortos
Os sobreviventes do naufrágio da lancha Cavalo Marinho I começaram a chegar em Salvador por volta das 9h30.
Ao desembarcar no Terminal Marítimo, as vítimas foram colocadas dentro de ambulâncias do Samu.
No local, tinha três ambulâncias do Samu e uma do Corpo de Bombeiros.
No Terminal Marítimo de Salvador a comoção era grande.
Familiares e amigos chegaram ao local para acompanhar a chegada dos sobreviventes.
Muitas pessoas choraram ao reencontrar seus parentes.
A informação foi confirmada pela Marinha.
Após a morte de um bebê, a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador informou que o número de mortos subiu para 23. Entretanto, a Marinha ainda não confirma esse número.
Segundo a Marinha, informações passadas pela Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), apontam que a embarcação, chamada de Cavalo Marinho I, tinha capacidade total de 160 pessoas.
Segundo a Marinha, que embarcações particulares também fizeram resgates e, por isso, ainda não é possível afirmar precisamente o número de pessoas retiradas do mar.
Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), 89 pessoas foram resgatadas com vida até o momento.
Dentre os sobreviventes resgatados, 70 estão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Mar Grande; 15 estão no Hospital Municipal de Itaparica; dois estão no Hospital do Subúrbio e dois no Hospital Geral do Estado (HGE), ambos em Salvador.
Pescadores e moradores auxiliaram no resgate levando as vítimas para a areia da praia. Moradores de Mar Grande foram para o pier assim que souberam do acidente.
Embarcações particulares tentaram se aproximar do local do naufrágio para ajudar a socorrer as vítimas.
De acordo com a Marinha, a embarcação estava regualr e um inquérito administrativo será instaurado para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente.
Em entrevista ao G1, o comandante do Corpo de Bombeiros, Francisco Telles, disse que havia coletes na embarcação, mas o órgão apura se a quantidade de equipamentos era suficiente.
“Sabemos que coletes foram distribuídos, mas na situação é preciso investigar como isso aconteceu.
É difícil saber agora quando as pessoas colocaram os coletes”.
Um dos sobreviventes do acidente, Edvaldo Santos de Almeida, chegou ao Terminal Náutico de Salvador socorrido por meio de uma lancha que trazia outros ocupantes da embarcação que virou no mar.
Ele reclama que demorou muito tempo para que as vitimas fossem socorridas.
“Tava chovendo, começou a molhar.
Veio uma onda e virou.
Tinha muita gente.
Agora demorou muito para sermos socorridos, foram duas horas dentro do mar”.
A Marinha ressalta que como embarcações particulares também fizeram resgates, não é possível afirmar precisamente o número de pessoas retiradas do mar.
Segundo informações da assessoria da Prefeitura Municipal de Vera Cruz, o acidente ocorreu a cerca de 200 metros do terminal marítimo do município, que fica na praia de Mar Grande.
A embarcação seguia para Salvador e virou por volta das 6h30.
De acordo com a Capitania dos Portos, três equipes em três navios foram encaminhadas para o local do acidente.
As operações de resgate contaram ainda com apoio do Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia e do Corpo de Bombeiros.
Travessia
Durante essa semana, a travessia Salvador-Mar Grande realizou paradas por conta do período de maré baixa prolongado, já que o terminal de Vera Cruz, que é utilizado pela travessia, fica inoperante.
Na quarta-feira (23), por conta dos fortes ventos e mar agitado, a Astramab chegou a suspender a operação das escunas de turismo, o que já tinha ocorrido na terça-feira (22).
Por meio de nota, o governador Rui Costa decretou três dias de luto oficial, contados a partir de hoje, por conta da tragédia.
“Manifesto minha solidariedade aos familiares das vítimas.
Todas as forças do Governo do Estado estão mobilizadas para dar assistência e prestar socorro às vítimas.
Estou acompanhando pessoalmente esta difícil operação desde cedo e todas as providências foram tomadas imediatamente”.
Também por meio de nota, a Presidência da República lamentou a perda trágica de dezenas de vidas.
“As providências para apurar as causas dos acidentes e punir os responsáveis estão sendo tomadas, em todas as três esferas de governo”, disse.
A prefeita de Vera Cruz, Marlylda Barbuda, também lamentou as mortes.
Nunca imaginei em minha trajetória nem ouvir, muito menos ver de perto uma tragédia como essa.
Meu Deus, não queria que a nossa Ilha pudesse presenciar um dia de tamanha tristeza.
Desde cedo aqui em Mar Grande, acompanhei de perto toda a situação.
Muito desespero.
Perdemos pessoas queridas que, inclusive, faziam parte do nosso quadro de estagiários, neto e filha de funcionário, tia de funcionária.
Espero que as pessoas que não foram localizadas ainda, possam aparecer com vida.
Me solidarizo com as famílias que perderam seus entes queridos.
Em tempo, informo que já disponibilizei toda a estrutura da administração municipal para prestar os serviços necessários”.
Eduardo Pessoa, diretor da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), afirmou que o barco é vistoriado pela Marinha e está com a documentação em dia.
“Estamos acompanhando, o governo do estado reforçou a questão de saúde, estão todos os hospitais operando, ferry boat está com embarcação só para trazer todas as ambulâncias e todos os carros que forem necessários para atender esse acidente.
Agora, no momento, é solidarizar com as famílias e procurar minimizar o máximo possível o acidente”, afirmou.
Fonte G1