Uma é brasileira!
1 – Diane Arbus
Escritora estadunidense e fotógrafa, Diane Arbus ficou conhecida por seus retratos em preto e branco dos chamados “Freaks”. Exóticos para a época, anões e travestis pousavam para as lentes da fotógrafa e causavam espanto na opinião pública dos EUA.
Começou a carreira na fotografia de moda com seu marido – mas ambos detestavam o mundo fashion e o desprezo de Diane cresceu ao longo do tempo. Apesar de receber elogios de Andy Warol, abandonou a moda e dedicou-se à carreira artística solo. Alguns ensaios levaram à opinião pública ao delírio e tornaram-se divisores de água com o passar do tempo. O filme “A Pele” (Fur: An Imaginary Portrait of Diane Arbus) é inspirado na vida da fotógrafa e tem Nicole Kidman no papel de Arbus.
2 – Eve Arnold
A primeira mulher a fazer parte da Agência Magnum, Eve Arnold era conhecida por seus retratos – incluindo uma colaboração de dez anos com Marilyn Moroe. Atuando no fotojornalismo, teve 15 livros publicados – sendo o último no mês de seu falecimento em 2012.
As mesmas lentes registraram personagens icônicos com prestígio internacional e trabalhadores migrantes, manifestantes de direitos civis de apartheid na África do Sul, veteranos de guerra do Vietnã e pastores mongóis. “Não vejo ninguém como comum ou extraordinário”, disse em entrevista à BBC.
Seu trabalho inspirador lhe concedeu o Master Photographer da Royal Photographic Society – a maior condecoração da fotografia mundial.
3 – Annie Griffiths Belt
Figurando entre uma das mais famosas fotógrafas de natureza da atualidade, Annie Griffiths Belt tem uma carreia invejável na National Geographic. Suas fotografias registram lugares e pessoas de forma inspiradora.
Uma das primeiras fotógrafas a compor o time da NetGeo, Annie viajou 150 países fazendo registros humanizados da realidade. A fotógrafa também é envolvida em causas sociais, usando a fotografia como mote. Ela é Diretora Executiva da Ripple Effect Images – onde junto de outros colegas documenta ações ao redor do mundo que capacitam mulheres a mudarem suas realidades.
4- Helen Levitt
A estadunidense Helen Levitt ficou conhecida como referência em fotografia de rua – ou street photography – pelos seus registros documentais em Nova Iorque. Foi definida como “a mais aclamada e menos conhecida fotógrafa de seu tempo”.
Conseguiu prestígio rapidamente depois de uma parceria com Walker Evans entre 1938 e 1939. Suas obras chegaram ao Museu de Arte Moderna de nova-iorquino, – alguns dizem que por influência da redescoberta feminista de realizações criativas das mulheres.
5 – Annie Leibovitz
Talvez a mais famosas retratista de nosso tempo, o trabalho de Annie Leibovitz inspira instantaneamente qualquer um que tenha contato. Ela produziu séries de incríveis fotografias de celebridades durante sua carreira nas revistas Rolling Stone e Vanity Fair. Algumas bastante controversas, como o retrato nu de Demi Moore grávida.
Você certamente conhece a capa mais famosa da Rolling Stone fotografada por Annie: John Lennon nu enrolado em Yoko Ono. Esse retrato foi feito pouco antes do Beatle ser baleado e morto na saída de seu apartamento.
6 – Margaret Bourke-White
Talvez a mais importante precursora na fotografia seja Margaret Bourke-White. Ela pavimentou o caminho atuando como primeira mulher correspondente de guerra em áreas de combate. Também foi a primeira fotógrafa estrangeira com autorização para fazer imagens do território soviético.
Margaret também foi pioneira de gênero na revista Life. Ela entrou para a história retratando o front da Segunda Guerra Mundial – onde documentou de forma impressionante os campos de extermínio nazista – e também por registrar de forma bastante realista a grande depressão americana.
7 – Carrie Mae Weems
Fotógrafa contemporânea e artista, Carrie Mae Weems é conceituada e bem premiada. Suas coleções reconhecidíssimas englobam fotografias, filmes e vídeos que já foram exibidos em mais de 50 apresentações nos Estados Unidos e em outros países.
Seu foco são questões sérias envolvendo os Africanos Americanos nos dias de hoje. Temas como racismos, relações de gênero, política e identidade são abordados por essa inspiradora multi-profissional.
8 – Ami Vitale
Munida de uma licenciatura em Estudos Internacionais da Universidade de Carolina do Norte, Ami Vitale começou como editora de fotos e tornou-se fotógrafa. Ganhou amplo reconhecimento por seu trabalho na Caxemira, em meados de 2000.
Recentemente, sua fotografia se transformou de jornalismo para a defesa social com seu envolvimento no movimento anti-caça furtiva na África. Usando os Indievoic.es, Vitale levantou US $ 25.000 em crowdfunding para continuar fotografando os grupos indígenas que atuam na linha de frente nessa guerra. Vitale também recebeu mais de 19 mil no Instagram em apenas cinco meses depois de entrar na rede social.
9 – Diana Markosian
A fotógrafa documental Diana Markosian ganhou um merecido lugar na lista do PDN de novos e emergentes fotógrafos em 2014. Depois de fazer mestrado na Universidade de Columbia, Markosian tem viajado para regiões remotas da Ásia e da Rússia capturando imagens para publicações como The New York Times, Foreign Policy, Marie Claire e outras.
Sua capacidade de controlar a luz e composição fazem seu estilo fotográfico lembrar fotógrafos clássicos no molde National Geographic.
10 – Cláudia Regina
Repudiando o photoshop, a curitibana-carioca Cláudia Regina luta contra as padronizações sexistas de forma poética em seus “ensaios mulher”. Sem retoques, truques de iluminação, pose ou qualquer outro ardil fotográfico, ela registra em preto e branco a essência das fotografadas.
Uma das mais inspiradoras fotógrafas brasileiras do período online, as concepções de Cláudia sobre fotografia rompem as barreiras do quadro fotográfico. Ela enxerga a pose como uma imposição da tendência fotográfica atual que não combina com a cultura brasileira. Em contraponto, criou a “Direção Afetiva” – uma experiência de troca entre retratista e retratado com resultados incríveis.
“Ao fotografar mulheres, eu não busco enquadrá-las em nenhum padrão de beleza, de sensualidade, de fotogenia. Nada é obrigatório, tudo é permitido. O ensaio mulher é fluido. Como somos todas nós”, explica. É impossível ficar inerte depois de participar de um dos workshops dessa retratista – eu, particularmente, tive um misto de amor-e-ódio ímpar. Longe das amarras acadêmicas, suas ideias vão de encontro aos mais sofisticados ensaístas contemporâneos e tem tudo para marcar um novo período da fotografia brasileira.
Fonte:cursodefotografia