Faz uma semana que chove forte em todo o estado, mas os estragos se intensificaram na madrugada de sábado (27).
Em Maceió, 4 pessoas morreram e outras 4 ainda estão desaparecidas.
Mais de mil famílias tiveram de deixar as suas casas em Alagoas por conta das chuvas, informou o governo do estado neste domingo (28). Na capital, Maceió, há 212 famílias desabrigadas e outras 650 desalojadas (tiveram de buscar abrigo em casa de amigos ou parentes).
Faz uma semana que chove forte em todo o estado, mas os estragos se intensificaram a partir da madrugada de sábado (27).
Em Maceió, 4 pessoas morreram e outras 4 ainda estão desaparecidas.
As chuvas causaram deslizamentos de barreiras, elevação de rios e alagamentos na capital e interior.
Além da capital, as pessoas tiveram de deixar as casas em outras três cidades da Grande Maceió: Marechal Deodoro (600 famílias desabrigadas ou desalojadas), Pilar (30 desabrigadas e 35 desalojadas), Atalaia (200 desalojadas).
Em Satuba, um adolescente desapareceu no Rio Mundaú, fazendo subir para 5 o número de pessoas desaparecidas na Região Metropolitana de Maceió .
Por causa dos danos, o governador Renan Filho decretou situação de emergência em Maceió e Marechal Deodoro, na região Metropolitana.
A informação foi divulgada neste domingo (28), pela Secretaria de Comunicação.
Além dessas duas cidades, prefeituras de Pilar e Rio largo também decretaram emergência.
Em Paulo Jacinto, o prefeito decretou estado de alerta.
“A situação é de emergência, mas estamos preparados para fazer os enfrentamentos.
Já contactei o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo Wanderley; o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, e o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, como forma de estarmos todos juntos, colaborativamente, enfrentando essa situação de emergência em virtude das fortes chuvas que se abateram sobre o Estado”, declarou o governador.
Ele informou que outros municípios podem passar a fazer parte do decreto e que a situação está sendo avaliada por uma equipe.
Em Jacuípe, famílias foram desalojadas e desabrigadas durante esta madrugada, por causa da elevação do nível do rio, que dá nome à cidade. Segundo o governo, ainda não se tem números porque o município da região Norte encontra-se sem comunicação.
No estado, mais de 1300 famílias ficaram desalojadas (tiveram que deixar os imóveis).
Destas, cerca de mil não tiveram para onde ir e estão em abrigos públicos.
O restante foi para a casa de amigos e parentes.
Segundo o governo, os municípios mais atingidos pelas chuvas, dentre os quais: Atalaia, Jacuípe, União dos Palmares, Marechal Deodoro e Murici.
O nível da lagoa Manguaba subiu e moradores do Centro Histórico de Marechal Deodoro estão ilhados.
A população está deixando as casas e, em algumas ruas, só é possível sair com a ajuda de canoas.
Equipes do Exército ajudam na retirada de famílias que tiveram as casas tomadas pelas águas.
O Instituto Federal de Alagoas informou que as aulas no Campus Marechal Deodoro foram suspensas para esta segunda-feira (29).
A chuva que cai na cidade também causou alagamento na escola, inundando as quadras esportivas, o estacionamento e outras dependências.
Nível dos rios elevado
De acordo com a Sala de Alerta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), o nível dos rios Paraíba e Mundaú permanece elevado, embora tenha se estabilizado.
A preocupação maior é com o Mundaú, porque chove com intensidade nos municípios pernambucanos de Correntes e Canhotinho, onde ficam as cabeceiras do rio.
Outra preocupação é com os níveis das lagoas Mundaú e Manguaba, que mesmo com a diminuição das chuvas permanecem a acumular água pelos próximos três dias, afetando diretamente os municípios de Marechal Deodoro e Pilar.
“Durante a tarde deste domingo, as chuvas se concentram no extremo Norte de Alagoas, na região de Jacuípe, e em parte da Zona da Mata. Amanhã, o tempo fica mais seco em todo o Estado”, informou o meteorologista da Sala de Alerta da Semarh, Vinícius Pinho.
Fonte: G1