Marca diz que função de programa de computador ‘não era trapacear’.
Revista afirma que houve manipulação do sistema de escapamento.
ABMW anunciou nesta sexta-feira (23) um recall para retirar um dispositivo instalado nos motores de 11.700 carros da marca na Alemanha.
A montadora diz que o programa de computador foi instalado “erroneamente” nessas unidades do Série 7 e do Série 5, anos 2012 a 2017, e que ele interferia no sistema de escape, mas não com a intenção de “trapacear”.
O anúncio foi feito horas depois de a revista alemã “Der Spiegel” divulgar que a BMW admitiu ao governo alemão ter usado um dispositivo para manipular o sistema de escapamento dos carros a diesel.
A confirmação, segundo a revista, foi feita durante uma audiência na última quinta.
Ainda de acordo com a reportagem, a suspeita foi levantada em testes aleatórios do governo com um Série 7, um dos carros mais luxuosos da marca.
A “Spiegel” diz que a montadora insistiu em “fazer um serviço” no veículo antes da avaliação.
A revista não especificou como o software funcionava e qual era seu objetivo, mas diz que ele foi instalado também no Série 5 a diesel.
No caso do “dieselgate”, a Volkswagen acabou admitindo que usou um programa de computador com o intuito de fraudar testes de emissão em 11 milhões de carros no mundo todo.
A BMW afirmou à “Spiegel” que um software foi instalado erroneamente no Série 5 e no Série 7, e que ele atrapalhava o funcionamento do sistema de escape.
Mas negou que se tratasse de um dispositivo criminoso.
Teste em macacos
A BMW também estava entre as marcas que foram acusadas de financiar testes de poluentes emitidos por motores a diesel com macacos.
Em resposta a reportagens sobre o caso divulgadas no mês passado, a marca negou ter participou do desenvolvimento dos métodos para o estudo.
Além dela, foram citadas a Volkswagen e a Daimler, dona da Mercedes-Benz, e a Bosch.
A Daimler afirmou que abriria uma investigação sobre a pesquisa.
A Bosch disse que deixou o grupo em 2013.
E a Volkswagen afastou o chefe de relações públicas e prometeu que haveria “consequências internas”.
Fonte: G1