Emoção, Luzes, Dança e Música brasileira contagiam o público na abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016
Foi mais uma bela festa no Maracanã.
Com intensa participação do público, os Jogos Paralímpicos Rio 2016 foram abertos.
Teve dança, muita música brasileira e momentos emocionantes.
O espetáculo, dirigido por Vik Muniz, Marcelo Rubens Paixa e Fred Gelli, alternou momentos de muita intensidade com calmaria.
Cerimônia de abertura da Paraolimpíada do Rio
Com cerca de 50 mil pessoas nas arquibancadas, começou às 18h15 a cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos do Rio.
Assim como na abertura da Olimpíada, o presidente Michel Temer evitou se expor, mas acabou vaiado ao declarar aberta a Paraolimpíada.
O hino nacional foi executado ao piano pelo maestro João Carlos Martins, cujos movimentos das mãos são limitados em razão de problemas neurológicos.
Entre os assuntos abordados na cerimônia estão feitos de para-atletas e reflexões sobre os sentidos humanos.
A parte final da cerimônia ocorreu debaixo de forte chuva.
O encerramento ficou por conta de Seu Jorge, que cantou “É Preciso Saber Viver”, de Roberto e Erasmo Carlos.
Debaixo de muita chuva, Seu Jorge cantou “Vamos à luta”, de Gonzaguinha.
Depois encerrou a cerimônia cantando “É preciso saber viver”, de Erasmo e Roberto Carlos, para uma multidão de voluntários e para-atletas espalhados pelo campo do Maracanã.
Clodoaldo Silva acende a pira paraolímpica
Após uma escada se transformar em rampa, o nadador Clodoaldo Silva acende a chama paraolímpica.
A pira foi erguida à estrutura de espelhos usada na abertura da Olimpíada, e em seguida fogos de artifício foram lanados.
A chama paraolímpica foi carregada por Antônio Delfino, vencedor de duas medalhas de ouro e uma prata no atletismo.
Chorando e debaixo de chuva, ele entregou a tocha a Marcia Malsar, que já conquistou uma medalha de ouro, duas pratas e um bronze no atletismo.
Malsar foi muito aplaudida após cair, derrubar a tocha, se levantar e continuar carregando a chama paraolímpica.
Em seguida foi a vez de Ádria Santos carregar o símbolo olímpico.
No atletismo, conquistou quatro ouros, oito pratas e um bronze.
Ela entregou a tocha ao nadador Clodoaldo Silva, que já venceu seis medalhas de ouro, cinco de prata e duas de bronze em Paraolimpíadas.
Com a intenção de levar a uma reflexão sobre a relação entre homem e tecnologia, a americana Amy Purdy, modelo e para-atleta de snowboard, fez uma coreografia junto com um braço mecânico.
Em seguida, um vídeo sobre o revezamento da tocha paraolímpica foi exibido.
Atletas fazem juramento
Após o hino paralímpico ser tocado, os juramentos são feitos.
O nadador Phelipe Rodrigues fez o juramento em nome dos para-atletas.
Depois foi a vez de Raquel Daffre, da bocha, fazer o juramento em nome dos juízes.
Por fim, Amauri Veríssimo, da equipe técnica de atletismo, fez o juramento em nome dos técnicos.
Símbolo paraolímpico é formado no campo.
Após bailarinos dançarem e uma banda com metais se apresentar, voluntários entraram em campo com painéis simulando velas contra o vento.
Eles foram posicionados para formar os “três Agitos”, símbolo paraolímpico equivalente aos aros olímpicos usados nas Olimpíadas.
Na sequência, um vídeo em homenagem às famílias foi reproduzido, pouco antes da bandeira paralímpica ser carregada por crianças deficientes físicas junto de seus pais.
As crianças e os pais calçam uma espécie de bota, em que os pés de ambos ficam unidos e assim podem caminhar juntos.
Michel Temer é vaiado
Assim que foi introduzido por Philip Craven, o presidente Michel Temer foi vaiado por parte da plateia.
“Eu declaro abertos os Jogos Paralímpicos Rio-2016”, disse.
Pela transmissão na TV, no entanto, a frase quase não foi ouvida e saiu cortada.
Temer também não apareceu no telão.
Um grupo tenta puxar, sem sucesso, um coro de “Fora Temer”.
Presidente do Comitê Paralímpico discursa
Depois de arriscar uma mensagem em português e dar as boas-vindas ao Rio de Janeiro e ao Maracanã, o presidente do CPI (Comitê Paralímpico Internacional), Sir Philip Craven, iniciou seu discurso de abertura.
“Nos próximos 12 dias vocês verão a verdadeira definição de esporte e habilidade”, afirmou.
“Vocês vem obstáculos como oportunidades, brigam pelos seus direitos, e aqui terão oportunidade única de fazer um mundo mais igualitário”, disse Craven.
“A esperança sempre vence o medo.
Mostre ao mundo que não há ‘eles’, há apenas ‘nós'”, disse aos atletas.
“Nós somos todos parte de um mundo apenas.”
Ele mencionou os atletas que competirão da Siria e do Irã que competirão como refugiados.
“Vocês têm à sua frente uma das cidades mais lindas do mundo”, disse aos atletas.
Uma vaia, menor que a dispensada à Nuzman, também foi ouvida quando Craven agradeceu ao apoio do governo federal.
Em português, disse “obrigado aos cariocas e aos brasileiros”.
Delegação brasileira é apresentada
A delegação brasileira foi apresentada ao som de “O homem falou”, de Gonzaguinha.
A porta-bandeira é Shirlene Coelho, do lançamento de dardo.
Ela caminha a frente da maior delegação da história brasileira, com 287 para-atletas.
A apresentadora Fernanda Lima carregou a última peça do quebra-cabeça sendo montado no Maracanã.
Hino nacional
Voluntários aplaudiram o pôr do sol na praia momentos antes da bandeira do Brasil ser trazida dobrada até um palco no estádio.
O maestro João Carlos Martins executou o hino nacional em um piano enquanto a bandeira era hasteada.
Aos poucos, flores foram se abrindo no gramado, nas cores verde, amarela e azul, formando a bandeira brasileira.
Brasil inicia Paraolimpíada com maior delegação da história em busca do ‘top 5’
Parte dos desafios vividos pelas 45 milhões de pessoas com deficiência no Brasil passam, a partir desta quarta (7), com o início dos Jogos Paraolímpicos do Rio, a terem como expoentes os 285 atletas da delegação nacional, que vão jogar não só pela meta do quinto lugar geral na competição, mas por mais visibilidade de seus feitos e reconhecimento de seus trabalhos dentro do país.
Após um ciclo de quatro anos com investimentos na casa de R$ 400 milhões, o Brasil participa da Paraolimpíada com a mistura de duas gerações: medalhões consagrados, como os nadadores Daniel Dias e André Brasil, que se juntam à força de novatos como Silvânia Costa, do atletismo, e Luiz Carlos Cardoso, da canoagem, ambos campeões mundiais.
Boulevard Olímpico recebe público para acompanhar abertura
Em um clima bem mais tranquilo do que na Olimpíada, dezenas de cariocas assistem a cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos no boulevard olímpico, no centro do Rio.
Na área onde está a pira olímpica, em frente à igreja da Candelária, boa parte do público é composta por famílias e há poucos turistas.
“Aproveitamos que é feriado para vir sentir a energia da torcida.
É um programa diferente”, disse a pedagoga Vanuza Braga Cachoeira, 35, moradora do Flamengo, na zona sul.
Durante a Olimpíada, a organização do boulevard chegou a instaurar um esquema de mão e contra mão de pedestres, diante do grande fluxo de pessoas.
Para a Paraolimpíada, a estrutura foi reduzida: ao invés de três palcos, apenas um, na Praça Mauá, terá atrações musicais.
O balão panorâmico e o bungee jump instalados por patrocinadores de evento permanecerão em atividade.
A pira do boulevard será acendida de forma automática, simultaneamente à pira do Maracanã.
Fonte: Folha/Uol
A modelo Fernanda Lima foi um dos pontos altos da cerimônia de abertura das Paralimpíadas Rio 2016, quarta-feira (7), no Maracanã.
Ela carregou a placa em forma de quebra-cabeça com o nome do Brasil no desfile de apresentação da delegação brasileira e depois carregou a bandeira do país no protocolo oficial, arrancando elogios dos fãs nas redes sociais.
“Todos os Para-atletas são vitoriosos, pois superaram os seus limites e fizeram de suas histórias exemplos de superação.”
Nota
Paraolímpiadas ou Paralímpiadas?
O professor Pasqquele deu uma boa definição e explica que:
“Portuguesmente” falando, essa supressão do “o” não faz o menor sentido, já que, na nossa língua, o que pode ocorrer é a supressão da vogal final do primeiro elemento e não da vogal inicial do segundo elemento.
Vejamos: de “hidr(o)-” + “elétrico” tem-se “hidroelétrico” ou “hidrelétrico” (e não “hidrolétrico”); de “gastro-” + “intestinal” tem-se “gastrointestinal” ou “gastrintestinal” (e não “gastrontestinal”).
Poderíamos, pois, ter também “Parolimpíada” e “parolímpico”.
Muitos desses vocábulos que resultam da supressão da vogal final do primeiro elemento (como “gastrenterologista”, “gastrenterologia”, entre tantos outros) podem causar surpresa, estranheza etc., o que talvez decorra da maior ou menor incidência desta ou daquela forma.
Mais surpresa ainda causam formas que surgem de um processo que não é da língua, como o que se vê em “Paralimpíada” e “paralímpico”.
Espúrias, essas formas contradizem o que é natural no nosso idioma, fato que justifica a opção do UOL e da Folha pelas formas vernáculas.
O “Houaiss”, o “Aulete” e o “VOLP” ignoram solenemente as formas impostas pelos comitês internacionais, ou seja, só registram “paraolímpico” e “Paraolimpíada”.