No dia 21 de março comemora-se o Dia Internacional de Síndrome de Down.
A data tem como principal objetivo conscientizar a população sobre a inclusão e promover a discussão de alternativas para aumentar a visibilidade social das pessoas com Síndrome de Down.
Dentre os 365 dias do ano, o “21/03” foi inteligentemente escolhido porque a Síndrome de Down é uma alteração genética no cromossomo “21”, que deve ser formado por um par, mas no caso das pessoas com a síndrome, aparece com “3” exemplares (trissomia).
A ideia surgiu na Down Syndrome Internacional, na pessoa do geneticista da Universidade de Genebra, Stylianos E. Antonorakis, e foi referendada pela Organização das Nações Unidas em seu calendário oficial.
Mais interessante ainda que a origem da data, é a sua razão de existir.
Afinal, por que comemorar uma síndrome?!
A Síndrome de Down não é uma doença, e sim uma falha genética, que acontece na divisão celular do óvulo, que resulta em um par a mais no cromossomo 21, chamada trissomia.
Caracterizada pela presença de 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população, a síndrome de Down ocorre no momento da concepção.
Pessoas com essa síndrome têm características típicas como olhos oblíquos, rosto arredondado, mãos menores com dedos mais curtos, prega palmar única e orelhas pequenas; além de estarem mais propensas a uma maior incidência de doenças, como a diminuição do tônus muscular responsável pela língua protusa, dificuldades motoras, atraso na articulação da fala e, em 50% dos casos, cardiopatias e problemas de vista.
O Dia Internacional da Síndrome de Down está no calendário oficial da Organização das Nações Unidas, sendo comemorado pelos 193 países-membros da ONU.
No Brasil existem aproximadamente 300 mil pessoas com síndrome de down, segundo dados do IBGE.
A inclusão dessas pessoas na vida escolar e profissional aumenta sua possibilidade de desenvolvimento, além de reforçar para sociedade a necessidade de respeito às diferenças, quaisquer que sejam.
É muito importante que todos saibam (outra tarefa do 21/03) que cada pessoa com síndrome de Down também tem gostos específicos, personalidade própria e individual, habilidades e vocações distintas entre si.
Portanto, devem ser evitados os “rótulos” provocados por expressões do tipo “Ah, como ‘”os Downs” são carinhosos!” ou “Eles são todos tão teimosos, não?!”
Em respeito à individualidade de qualquer ser humano, esse tipo de generalização não deve ser aplicada a nenhum grupo, nem a este, por melhor que seja a intenção de quem o faz.
Por falar nisso, essa participação social é uma das questões que a celebração dessa data, já em sua 10ª edição, visa destacar: a Síndrome de Down não é uma doença, e não impede, de maneira nenhuma, que o indivíduo tenha uma vida social normal (se é que esse termo ainda faz algum sentido).
E, nessa questão, já se emenda uma outra, igualmente importante: a inclusão.
Felizmente, hoje em dia, isso é lei, mas muitas pessoas ainda desconhecem: criança com Síndrome de Down (ou qualquer outra dificuldade de aprendizado) tem que ser matriculada em escola regular.
Isso mesmo, junto com todas as outras crianças.
Essa convivência é extremamente saudável para todos, e a conduta mais eficiente para o aprendizado pedagógico – que se torna um pouco mais demorado devido àquele terceiro cromossomo, mas acontece.
Obviamente o diagnóstico genético carrega consigo algumas especificidades, como, por exemplo, a cardiopatia (problemas no coração), presente em aproximadamente 50% dos casos; às vezes problemas de audição e/ou visão; atraso no desenvolvimento intelectual e da fala, dentre alguns outros.
Mas são questões pontuais e de saúde, a serem detectadas e tratadas medica e terapeuticamente, de maneira que não definem qualquer prognóstico, ou seja, ninguém jamais pode prever até onde pode chegar o desenvolvimento das pessoas com síndrome de Down – assim como das demais pessoas.
Elas devem ser estimuladas a terem sonhos e projetos, crescerem, estudarem e trabalharem como qualquer ser humano, e têm todo o direito de lutar pela sua total autonomia, sem que sua condição genética represente qualquer tipo de barreira.
Ou existe alguém que não possui limitações?!
Na verdade, toda convivência saudável entre amigos e familiares, colegas e sociedade, de maneira atenta a todo tipo de diversidade, é sempre muito enriquecedora.
O mesmo acontece quando você tem a oportunidade de conviver com uma pessoa com a Síndrome de Down.
Olhe para ela, e não para a síndrome, e você vai descobrir um ser humano tão incrível quanto você.
(informações do site Movimento Down)
Algumas atividades para o Dia Internacional da Síndrome de Down
O principal objetivo da celebração desta data é de informar e conscientizar as pessoas sobre o que é a Síndrome de Down.
Para isso, escolas e instituições aproveitam para promover algumas atividades, como:
Palestras sobre a Síndrome de Down;
Peças de teatro com pessoas portadoras da Síndrome;
Workshops para os pais das crianças com Síndrome de Down;
Campeonatos esportivos entre os portadores da Síndrome.
Caminhada ou corrida solidária para divulgar as campanhas de formação da criança com Síndrome de Down.